A justiça ouviu dois policiais suspeitos de assassinar Alceu Fernandes de Moraes, em outubro de 1995, em Vera (80 kmm de Sinop). O teor do depoimento não foi informado, mas, por enquanto, a juíza Rosangela Zacarkim, da 1ª Vara Criminal de Sinop, suspendeu os interrogatórios de ambos. A defesa requereu ainda um prazo de 20 dias para informar o endereço de algumas testemunhas.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no dia do crime, a vítima encontrava-se em um bar, quando os policiais militares, que estavam em serviço, chegaram em um veículo Opala, azul. “Ao adentrarem o salão e localizarem a vítima, os acusados realizaram uma busca pessoal nele. Em seguida, conduziram ela até o interior do referido automóvel tomando rumo a estrada que liga os municípios de Sinop a Santa Carmem (MT-140)”.
O motivo do crime, conforme consta no processo, seria porque os militares queriam “fazer justiça com as próprias mãos, vez que Alceu sempre se envolvia em confusão”.
Ele teria sido levado algemado até a rodovia onde foi morto com vários disparos de arma de fogo.
A defesa dos acusados alegou que o Ministério Público ofereceu a denúncia “com base apenas em imputações vagas e imprecisas, vez que não teria apontado especificadamente qual seria a conduta praticada, bem como que não demonstrou a justa causa necessária para a ação penal”.
A justiça não aceitou os argumentos da defesa, entretanto decidiu que “a análise mais aprofundada das provas será realizado em momento oportuno, qual seja, após o término da instrução processual”.