A justiça de Sinop decidiu manter na cadeia uma mulher acusada de envolvimento nas mortes de Laurielson França Souza, 30 anos, Rubenilson de Jesus Silva Monteiro, 38, Emerson Renaio Ribeiro Pereira, 22, e Bruno Beche Garcia Sousa, 23, executados a tiros, em uma residência no bairro Adriano Leitão, em dezembro do ano passado. A suspeita foi localizada pela Polícia Civil, em fevereiro.
Os investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apuraram que a mulher foi a duas lojas em Sinop e comprou quatro capuzes, que foram utilizados pelos criminosos que realizaram os disparos. Após a prisão, a defesa entrou com pedido de soltura, alegando que a acusada sofre de transtorno de ansiedade generalizada e ainda tem uma filha pequena.
A justiça, no entanto, levou em consideração um relatório de estudo psicossocial que concluiu que a acusada não é imprescindível aos cuidados da menor. “Isto porque, conforme relatado, a criança encontra-se sob os cuidados de sua avó materna, com a qual reside desde que nasceu, portanto é pessoa de seu convívio e, que, apesar de cuidar também de pessoa portadora da doença Alzheimer, tal situação não se mostra suficiente para o deferimento do pleito”, consta na decisão.
Os investigadores apuraram ainda que na casa havia outras pessoas, entre elas, mulheres e crianças. Os atiradores entraram na casa e escolheram os alvos, com base em imagens de celulares. Um adulto conseguiu se esconder dos disparos, embaixo de uma cama.
Além da mulher, a Polícia Civil já identificou outros dois homens envolvidos na chacina. Um que dirigiu uma Toyota Hilux branca para ajudar na fuga dos atiradores também foi preso e alegou que deu carona para os criminosos. A caminhonete foi apreendida em Sinop.
As vítimas estavam em Sinop trabalhando e eram do Maranhão. A investigação continua para identificar os atiradores.