A justiça estabeleceu, neste domingo à tarde, em audiência de custódia, soltura mediante pagamento de fiança de 30 salários mínimos (cerca de R$ 30 mil) para a professora acusada de atropelar uma criança de um ano e dirigir embriagada. O acidente aconteceu sábado à noite, no cruzamento da avenida Perimetral Norte com a rua das Violetas, no Jardim Azaleias. Uma fonte informou, há pouco, que a professora permanece detida nesta segunda-feira.
“No caso em análise, em que pese a conduta repugnante da conduzida [professora], a prisão preventiva é medida desnecessária e desproporcional, pois ao que consta aquela é primária e não processada por outros fatos criminosos”. “Assim está praticamente descartada a possibilidade de imposição de regime fechado de cumprimento de pena em caso de condenação”, decidiu o magistrado Jacob Sauer.
Na decisão, o juiz ainda aponta que “em nome da preservação da ordem pública, a bem de evitar que a conduzida coloque outras vidas em risco em decorrência de sua irresponsabilidade na direção de veículos automotores, imponho a proibição/suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veiculo automotor, até que demonstre condições de retomar o exercício desse direito”. “Oficia-se à Autoridade Policial para que apreenda a CNH da conduzida e comunique-se ao DETRAN/MT”, ressalta Sauer. No documento, ainda é descrito que na ocasião os policiais “avistaram lata de cerveja no interior do veículo”.
Conforme Só Notícias já informou, quando os policiais militares chegaram no local, encontraram a acusada de causar o acidente sendo impedida de deixar o local por testemunhas. Os policiais ainda relataram que a motorista aparentava estar embriagada, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.
As vítimas do acidente, sendo a criança e uma tia, de 54 anos, foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A criança permaneceu por 12 horas internada em observação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi liberada, ontem, com “orientações” médicas. A informação foi confirmada pela assessoria do Instituto Social Saúde e Resgate à Vida (ISSRV), responsável por gerir a unidade, acrescentando que, quando recebeu o atendimento “a vítima estava chorosa, sem sinais de fratura ou traumatismo cranioencefálico (TCE)”. Ela [criança] “estava estável e consciente”, passou por procedimento de “raio-x de crânio, tórax e abdômen, além de ser feita sutura em um corte no lábio”.