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Sinop: juíza mantém presos irmãos suspeitos de matar funileiro; alvo era agente

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, negou pedido de revogação da prisão preventiva de dois irmãos acusados de envolvimento na morte do funileiro Rafael Soares dos Santos, 29 anos, no dia 7 de julho, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A magistrada apontou que os réus apresentam alta periculosidade e devem permanecer segregados por necessidade “garantir a ordem pública”.

De acordo com uma fonte policial de Só Notícias, as investigações apontaram que o alvo dos acusados era um agente carcerário que trabalhava no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde um dos irmãos já estava detido. Para os investigadores a principal hipótese é que a motivação tenha sido uma intervenção dos agentes, inclusive com disparo de munição de borracha, no “raio” onde o detento estava. A ação foi registrada em ata do presídio.

O inquérito apontou que, por vingança, o acusado então teria ordenado que seu irmão executasse o agente. Dias depois, o rapaz e um adolescente de 15 anos teriam assassinado, a tiros, Rafael Soares, por engano, no pátio da UPA, acreditando que se tratava do carcereiro.

O irmão do detento foi preso, dois dias depois, em sua residência, no Jardim Novo Estado. Uma pistola 380 (calibre semelhante a que foi utilizada na execução) foi apreendida com algumas munições. O outro envolvido, um adolescente de 15 anos, é o principal acusado de disparar contra Rafael. Ele se apresentou na delegacia da Polícia Civil e confessou ter atirado na vítima. Ele confirmou a versão de que o alvo não seria o funileiro e, sim, um agente prisional.

O adolescente não apontou, entretanto, se receberia algo em troca pela morte do agente e disse ter matado Rafael por engano. O menor foi apreendido e encaminhado para o centro de ressocialização, onde permanece por tempo indeterminado. O outro suspeito foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. O acusado de ser o mandante do crime permanece detido no presídio Ferrugem.

Rafael foi executado quando saía da UPA, onde visitava o filho de dois anos que estava sob cuidados médicos. 

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