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Sinop: juiz federal suspende ação e quer saber se tiro que matou PF partiu de colegas ou bandidos

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O juiz da 1ª Vara Federal em Sinop, Murilo Mendes, suspendeu a ação penal envolvendo cinco acusados de integrarem uma quadrilha que entrou em confronto com policiais federais, no dia 16 de maio, ao tentarem roubar um avião em um aeródromo na MT-140, que dá acesso ao município de Santa Carmem. O agente Almeida Matos, 33 anos, acabou sendo atingido por um tiro e faleceu. O magistrado decidiu aguardar o laudo de confrontação das armas dos policiais e dos acusados para saber de onde partiu o disparo que atingiu o PF, a partir da sugestão de peritos.

Só Notícias teve acesso à decisão do juiz, na qual justifica que se aceitasse o prosseguimento da ação com os elementos produzidos até o momento, estaria admitindo um flagrante excesso acusatório. “Explico: ao denunciar, o Ministério Público Federal assumiu a versão de que os disparos que vitimaram o Policial Federal tinham saído de armas dos assaltantes da aeronave, o que, naquele momento, não era de modo algum uma tese temerária. Nesse momento, já não se pode dizer o mesmo. O laudo produzido diz que o disparo que vitimou o Policial partiu de um fuzil e que a munição é compatível com armas utilizadas pela Polícia Federal. Isso quer dizer o seguinte: a capitulação pode mudar de latrocínio para roubo tentado – a pena mínima do latrocínio é de vinte anos; a pena mínima do roubo é de quatro anos. E, a se confirmarem as suspeitas do laudo, podem surgir indícios de homicídio culposo. Mudará tudo, enfim”.

O magistrado ainda destacou que se antes era admissível a denúncia por latrocínio, agora já não é mais. “Os peritos pediram para examinar as armas que estavam de posse dos assaltantes. Até onde vi, porém, não há notícia de que tenha sido disparado tiro do lado dos assaltantes, pelo menos naquele primeiro momento em que ocorreu a morte. De qualquer modo, antes que a perícia termine, não é possível dar prosseguimento. Os indícios mudaram de lugar. Só o laudo definitivo é que poderá dar elementos seguros para a reformulação da denúncia. O tempo corre por conta do MPF”.

Os cinco ainda são acusados, além formação de quadrilha, por participação em organização criminosa e também pelo roubo de outro avião em abril, um Cessna avaliado em R$ 900 mil. Todos aguardam sentença no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Nesse roubo, eles invadiram o clube, dominarem duas pessoas e começaram procedimentos para roubar a aeronave.

Entretanto, o piloto foi obrigado a sair do avião, acabou sendo amarrado, bem como dois pedreiros que trabalhavam em um dos vários hangares que há no local. Foram levados de carros, até um milharal no Alto da Glória (cerca de sete quilômetros do clube) enquanto que outros integrantes da quadrilha abasteciam e fugiam com a aeronave. Horas depois, os três conseguiram se soltar, pediram ajuda e avisaram a polícia. Vários depoimentos, incluindo do proprietário da aeronave, foram tomados.

Na caçada pelos criminosos, o acusado de ser o líder da quadrilha, Daniel Tenório, acabou morrendo em ação da Polícia Federal, em uma casa no bairro Daury Riva, destacando que houve reação dele. O juiz remeteu para análise da Procuradoria Geral o pedido de arquivamento do Ministério Público Federal em relação, querendo saber se recomenda ou não prosseguimento das investigações, pois alegou discordância quanto ao levantamento das informações ressaltando que não obedeceram critérios “mínimos de apuração de um crime”.

Em relação a matéria publicada, ontem, sobre a possibilidade da justiça julgar até final do ano a quadrilha que roubou aviões e matou policial em Sinop, a Justiça Federal sinopense apontou que a informação não partiu da própria unidade. A informação foi repassada, ao Só Notícias, por uma fonte da Polícia Federal.

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