Sinop começou a receber recursos de compensações com impactos da usina hidrelétrica que leva o nome cidade, no rio Teles Pires. O diretor executivo Associação dos Municípios Impactados por Usinas do Norte de Mato Grosso (AMIU), Rogério Rodrigues, explicou ao Só Notícias, que começou ser dada, recentemente, a execução de parte das cobrança feitas há pelo menos quatro anos, durante o processo de discussões ainda nas audiências de apresentação do relatórios de impacto.
Segundo o Rogério, entre os recursos, estão R$ 160 milhões liberados recentemente, pelo governo federal, "destinados para obras da rede de esgoto em toda cidade. Essas ações são frutos de uma articulação que começou ainda na apresentação do relatório de impactos, em audiência, na qual foram cobrados R$ 200 milhões em ações”, destacou. Novos recursos só devem ser liberados com novos projetos.
A primeira parte das obras da rede de esgoto foi iniciada em 2012, no quadrilátero central, compreendido por áreas como o setor comercial e bairros como o Primaveras e o Palmeiras. Elas estão orçadas em R$ 39,6 milhões, com instalação de 206 mil metros de rede coletora e cinco estações elevatórias. Cerca de 12 mil ligações imediatas são previstas. A estação de tratamento deve ter vazão de cem litros por segundo. A prefeitura chegou rescindir contrato com uma das empresas à frente de um “lote” e a multou por atraso. Uma nova licitação está em andamento.
Demais usinas
Os prefeitos dos municípios de Apiacás, Paranaíta, Claudia, Alta Floresta e Colíder cobraram, esta semana, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão soluções emergenciais para as cidades que serão afetadas pelo aumento populacional devido à instalação das hidrelétricas no rio Teles Pires (5 no total). Eles querem investimentos na área da saúde, educação, transporte público, assistência social e que, além dos moradores, os que vierem de outras cidades para trabalhar nas usinas tenham atendimento nestes setores.
Segundo Rogério, a sinalização foi da liberação de recursos a partir da apresentação de projetos, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Na verdade acontece o mesmo que a usina de Sinop. Apresentamos o documento, com R$ 200 milhões em compensações, e o governo apontou que a empresa não poderia arcar com tudo”.
Conforme Só Notícias já informou, uma das maiores usinas que está sendo construída abrange parte do município de Colíder, que está sendo feita há cerca de dois anos.