As aulas no Instituto Federal de Mato Grosso não devem começar este mês conforme previsto. De acordo com a presidente da comissão de implantação, Gilma Chitarra, várias entidades estão sendo ouvidas como forma de definir o eixo tecnológico da unidade e os cursos estão previstos para começar no segundo semestre. “Especificamente, enviamos questionamentos para empresas da área de comércio, indústria e agricultura. Não é fácil, a gente quer chegar o mais próximo possível de cursos que atendam a demanda da sociedade”, afirmou.
O trabalho deve continuar nos próximos dias e a audiência pública para identificar os cursos que podem ser implantados também não tem previsão para ser realizada. “A gente aproveita o trabalho de questionamento para fazer o convite aos setores, porque eles também precisam participar da audiência e se manifestar”, explicou Gilma, sem, no entanto, apontar, qual será a provável linha educacional do campus. “Ainda não está definida”.
Outro processo que ainda deve ser iniciado é a contratação de professores, que também passa pela definição do eixo tecnológico. “Os profissionais precisam passar por um processo de remoção, mas isso só acontece depois, porque como vamos contratar, sem saber qual é a área que precisamos?”, questionou.
Atualmente, a parte administrativa já está trabalhando na unidade. “Ainda temos que contratar segurança, limpeza, mobiliários, entre outros. Tudo é feito por licitação e demora, não é como uma empresa particular. Por esta razão, a gente percebeu que não vai adiantar ter pressa. Se for possível começar antes, melhor. Se não, a gente inicia no semestre que vem”, afirmou.
Conforme Só Notícias já informou, o prédio ficará alugado para o IFMT, por um ano, e o valor de R$ 33 mil será pago pela prefeitura. É na rua das Avencas, no centro, funcionava um antigo centro de eventos. A assessoria da prefeitura informou que a dona do imóvel investiu cerca de R$ 600 mil para a reforma e a construção de salas que serão utilizadas para aulas, auditório, setor administrativo, biblioteca, entre outros. Com as adequações, as instalações atendem as normas de engenharia do próprio IFMT.
Entretanto, o município já doou uma área de 60 mil metros quadrados, nas proximidades do residencial Nossa Senhora Aparecida (sentido aeroporto), para construção do campus definitivo que deverá receber investimentos de mais de R$ 20 milhões. O projeto, por sua vez, já tem garantido cerca de R$ 8 milhões para o início das obras da sede própria no próximo ano. Os computadores e mobiliários, que serão utilizados no campus de Sinop, já foram comprados.
No primeiro momento, a intenção é trazer cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e depois abrir cursos mais longos, como bacharelados e pós-graduações. A forma de ingresso nos tecnólogos e bacharelados deverá ser por vestibular próprio da instituição ou pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A instalação do IFMT em Sinop está atrasada. A previsão anterior era funcionar, em sede própria, ano passado.