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Sinop: homem que assassinou esposa e tentou se matar é condenado a 18 anos de prisão

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O júri popular condenou, hoje, Lorival Batista Ramos a 18 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato de Rosalina Armin, 30 anos, no dia 26 de outubro do ano passado, em uma residência, no Jardim das Palmeiras. Os jurados entenderam que o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões de condição do sexo feminino. A sentença foi proferida pela juíza Rosângela Zacarkim, da 1ª Vara Criminal. Ainda cabe recurso.

Consta no processo que, em depoimento à polícia, o acusado disse que indagou se Rosalina o havia traído. Ela teria respondido de forma ofensiva que “não tinha nada para falar com ele” e, em seguida, teria tentado ingerir um pouco de veneno. Neste momento, conforme relatado, ele tentou retirar a garrafa de substância tóxica da boca da esposa, que acabou mordendo. Em sua versão, após ser agredido, o acusado empurrou ela no chão e colocou a mão "por cima da boca" dela. Em poucos segundos, explicou, Rosalina desmaiou e, em seguida, veio a óbito.

Em audiência de instrução, no entanto, voltou atrás e disse que foi tomar banho e, ao sair do banheiro, encontrou a mulher caída, “com a boca espumando e a língua para fora”, circunstâncias que, segundo ele, apontavam que ela havia se envenenado. Ele justificou que ficou nervoso e acabou se envenenando também, porém, ainda conseguiu ligar para um parente e pedir socorro.

A Perícia Oficial e Identificação (Politec) não conseguiu concluir como Rosalina foi morta. Em laudo, o órgão apontou que a vítima “provavelmente” morreu por “asfixia mecânica” causada por sufocação direta. A principal hipótese é que o agressor tenha utilizado as próprias as mãos, ou algum objeto, como um travesseiro, para trancar a respiração da vítima. A análise, no entanto, não foi conclusiva.

Conforme Só Notícias já informou, o marido de Rosalina foi preso logo após o crime e, segundo o delegado responsável pelas investigações, Carlos Eduardo Muniz, confessou que assassinou a esposa. “Em depoimento, o suspeito nos relatou que, motivado por ciúmes da mulher, a matou. Depois do crime, ele ainda tentou se envenenar, mas acabou preso”.

Os policiais foram acionados por um irmão do acusado, que já se encontrava no local do crime. Este afirmou que recebeu uma ligação do suspeito dizendo que obrigou a esposa a ingerir veneno e depois também ingeriu uma dose.

O homem foi encaminhado ao Hospital Regional, tomou medicação, foi liberado da unidade médica e encaminhado ao presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde continua preso.

Rosalina foi sepultada em Sinop.

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