A Fundação de Saúde Comunitária, que administrou o Hospital Regional de Sinop até o último dia 1º, divulgou nota, esta tarde, rebatendo a secretaria estadual de Saúde sobre o relatório preliminar que a fundação não teria cumprido as metas de atendimentos de pacientes estipuladas em contrato. A fundação diz que a redução de metas foi imposta pelo governo . “A redução de 5 mil atendimentos para, apenas, 900 partiu deles”, explica o diretor da Fundação Wellington Randal. Ele acrescenta que, para provar que o pedido "de redução de metas havia partido do próprio governo teve que providenciar cópia do ofício, para comissão, pois a secretaria de Estado de Saúde desconhecia a existência do documento".
“Para não nos pagar, o governo alega que não cumprimos metas, mas esquece de falar que parte das metas não realizadas estavam sob a responsabilidade da própria secretaria de Estado de Saúde, que é responsável pela regulação desses pacientes”. A fundação diz que o governo "vem buscando e criando fatos para desviar o foco de sua responsabilidade como dono da unidade hospitalar. A transferência de responsabilidade consiste em acusar a fundação de redução e não cumprimentos de metas para não arcar com as dívidas da unidade (R$ 28,7 milhões que tem de repasses em atraso, somente do período pós intervenção). A negativa de dívida tem preocupado a fundação que busca, o recebimento para honrar com os salários em atraso, prestadores de serviços, fornecedores e os tributos não recolhidos, inclusive da parte do Governo do Estado, durante o período em que esteve como interventor da unidade.
A fundação considera que os dados do relatório representam "um grande blefe da secretaria de Estado de Saúde". “Temos ofício assinado pelo secretário de Estado de Saúde, em novembro de 2016, nos ditando que os atendimentos de urgência e emergência deveriam ser mantidos apenas para pacientes encaminhados da UPA, do Corpo de Bombeiros e da Rota do Oeste. A população de Sinop se lembra bem desta atitude da secretaria a qual obrigou a prefeitura a se movimentar para assumir essa demanda na UPA, fechando a porta do Hospital Regional de Sinop para demanda espontânea da população de Sinop e região. Além da transferência de responsabilidade e omissão do Governo do Estado há, também, a desorganização da Secretaria de Saúde. Eles desconhecem as próprias ordens", rebate a fundação, através da assessoria.
A secretaria estadual de Saúde expôs que foi elaborado relatório por uma equipe de auditoria que trabalha no hospital regional apontou o descumprimento de metas contratuais no período auditado entre janeiro de 2016 e junho deste ano contrato previa a realização de cinco mil atendimentos de urgência e emergência por mês, mas só eram feitos 900 atendimentos.
De acordo com o secretário adjunto de Políticas e Regionalização da Secretaria de Estado de Saúde, Cassiano Falleiros, no relatório final serão detalhados os resultados dos levantamentos que são feitos. “O relatório final da prestação de contas apontará se existem valores devidos à fundação ou se houve prejuízo ao erário do Estado”, informou Falleiros.