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Sinop: estudantes voltam a protestar contra mudança na política de alimentação da UFMT

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Ao menos 50 acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso do campus de Sinop voltaram a protestar com faixas e cartazes, na entrada da UFMT, contra a mudança na política de alimentação do restaurante universitário. De acordo com o acadêmico de medicina veterinária, Pedro Henrique Duarte Sandnann, o objetivo é buscar um diálogo com a direção. “Nós ainda continuamos cobrando que não façam os aumentos absurdos e de uma vez só. Ontem, tivemos mais um ataque após reunião do conselho de diretores. Havia sido marcado um encontro para ouvir os estudantes, mas desmarcaram. Dessa forma estamos sendo extremamente prejudicados”.

Em fevereiro, a instituição anunciou “ampliação do acesso gratuito” aos que comprovassem renda de até 1,5 salário mínimo e “acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes)”. Para os demais, o valor das refeições seria pago sem subsídio.

Conforme Só Notícias já informou, atualmente, todos os estudantes do campus de Sinop pagam R$ 0,25 pelo café da manhã, R$ 1 pelo almoço e mais R$ 1 pela janta. Desta forma, o custo mensal com três alimentações diárias chega a R$ 50 por aluno. Segundo Fernanda, com a proposta apresentada pela universidade, estudantes contemplados pela assistência estudantil estarão isentos. Cerca de 3 mil devem se enquadrar nesta situação em todo o Estado (não há números oficiais sobre Sinop). Já os demais, passarão a pagar R$ 2,35 pelo café da manhã, R$ 9,48 pelo almoço e R$ 9,48 pela janta. Neste cenário, o custo da alimentação chegará a R$ 473,52 por mês.

Em nota à imprensa, divulgada em fevereiro, a UFMT afirmou que a implantação da nova política de alimentação seria gradual, a partir de março, e observada por um Comitê Gestor de Acompanhamento. “Atualmente, na assistência estudantil, em torno de 1.500 estudantes recebem o auxílio alimentação, após se submeterem a edital. Nesta reestruturação, a projeção é alcançar o dobro de estudantes beneficiados com a gratuidade. Significaria potencializar o que a política de assistência estudantil já se compromete; que é a priorização dos mais vulneráveis”, afirmou, na época, a pró-reitora de Assistência Estudantil, Erivã Garcia Velasco.

Segundo a instituição, o orçamento para custeio e investimento das universidades vem caindo, ano a ano. “O orçamento de 2017, comparado ao do ano anterior, teve redução de cerca de 38% nos recursos destinados ao capital, utilizado para realização de obras e aquisição de equipamentos, e de aproximadamente 4,5% na verba destinada ao custeio, referente a manutenção de despesas básicas. Com isso, a administração da Universidade vem manifestando, sistematicamente, à sociedade mato-grossense e à sua comunidade acadêmica, preocupação e oposição a novos contingenciamentos nos recursos destinados à Ciência e Tecnologia”, aponta trecho da nota.

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