Vereadores, diretores de entidades, secretários municipais e representantes da empresa que ficará responsável pela manutenção após homologação da Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) e dos Indicadores de Precisão de Trajetória de Aproximação (PAPI), no Aeroporto Municipal João Batista de Figueiredo se reuniram, esta manhã, na prefeitura. O representante da empresa, Marcos Pires de Souza, explicou que a morosidade no processo de implantação do projeto ocorreu devido a falta de um contrato com a empresa e a prefeitura, que deveria ter sido feito, ainda no ano passado.
“Estamos mantendo contato direto com Cindacta IV (Aeronáutica). As empresas áreas estão esperando que Sinop tenha essa EPTA funcionando o mais rápido possível e precisa desses equipamentos operando. O risco de não funcionamento é zero. Vai funcionar. O que precisa é agilizar o projeto do ponto de vista técnico. Nós tivemos uma situação de atraso em função que precisava de um contrato por parte da prefeitura e que acabou acontecendo no período eleitoral, no ano passado. Como a lei dificultava a assinatura deste contrato, na época, acabou atrasando cerca de 90 dias o projeto”, afirmou.
Souza destacou que não é possível estabelecer em quanto tempo a homologação dos equipamentos será feita. “Depende do encaminhamento do processo técnico e que este documento receba as conformidades, ou seja, implantação de todos os equipamentos e que tenha todas as condições para funcionamento no Cindacta IV. Eles devem estar encaminhando alguma correção do projeto. Na sequência, eles devem verificar os equipamentos e liberar a operação. O Cindacta é um órgão com várias divisões e cada uma dessas tem que analisar dentro do seu tempo. No momento que for atendido o projeto, o Cindacta fará o sobrevoo do aeroporto e emitirá relatório para funcionamento da EPTA. Agora, vai depender da agilidade do órgão", acrescentou. A Aeronáutica tem prazos próprios para analisar essas solicitações.
Ainda de acordo com o empresário, a prefeitura não terá nenhum custo com a implantação e manutenção dos equipamentos. Além disso, não deve ocorrer alteração nos custos com as tarifas de embarques e as passagens. “O município não desembolsará nenhum centavo para implantação da EPTA, nem para o seu funcionamento. Pelo contrário, a prefeitura receberá pelo espaço que estará cedendo para o funcionamento da Estação. A empresa cobre todos os custos de implantação e os de operação de manutenção. Esse é custo é tratado diretamente com as companhias aéreas".
A secretária Finanças Ivete Mallmann, que conduziu a reunião, apontou que foi feito levantamento para apontar quais os investimento que precisam serem feitos para melhorar as condições do aeroporto, em um curto prazo. “Não é possível estipular um prazo para homologação. Precisamos fazer o cumprimento das normativas do Cindacta. Estamos trabalhando para diminuir esse tempo. Fizemos essa cobrança para a empresa que vai operar esses equipamentos. Já os investimentos no aeroporto nós temos trabalhando através dos levantamentos das necessidades e codificar e poder apresentar as entidades, que passa também pela busca de investimentos do Governo Federal, que o município tem feito. Vamos estar trabalhando com um cronograma de investimento e um prazo menor considerando as necessidades que se apresentarem para cumprimento de legislação. O valos ainda não esta determinado devido ao levantamento que ainda estamos fazendo”
O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Norte de Mato Grosso (Aenor), engenheiro Waldomiro Teodoro Junior, disse, ao Só Notícias, que o procedimento técnico é demorado, mas que poderia ter havido um interesse maior em resolver o problema e evitar cancelamento de voos no aeroporto de Sinop. “É necessário fazer o dever de casa primeiro. Nós estamos tentando ver um cronograma de parcerias para estar ajudando. É um problema da nossa sociedade e não estamos vendendo muito bem a cidade aos empresários, que precisam desses voos regulares”, afirmou.
Uma companhia aérea deixou, mês passado, de operar com voos comerciais diários para a capital e, no próximo dia 25, deixa de operar com a rota para Brasília. A justificativa inicial é de readequação de rotas. Como um dos voos passará a ser noturno, a empresa decidiu por criar a rota Sorriso-Brasília, no aeroporto regional que tem maior estrutura com equipamentos.
Outra companhia aérea opera em Sinop com 3 voos diários.
(Atualizada às 14:58h)