O segmento das lojas de construção civil já começam sentir o reflexo dos bloqueios feitos por caminheiros nas rodovias no Estado, iniciados na quarta-feira (23). Só Notícias apurou que parte delas, em Sinop, já não tem mais o produto e em outras o estoque é pequeno. E a situação só tende a se agravar nos próximos dias caso os bloqueios continuem.
O gerente de uma das lojas, cujo estoque acabou, Aurélio Santos Lima, afirmou que a expectativa é por um acordo entre os caminhoneiros e o governo o quanto antes. “Não tem mais cimento e não temos muito o que dizer para os clientes, porque não depende de nós. Recebemos de várias partes do Estado, mas também do centro de distribuição em Cuiabá, mas acredito que até lá já começa faltar”, afirmou ao Só Notícias. “Estamos aqui na ponta, então, acabamos sendo atingidos”, acrescentou.
Em outra loja, uma funcionária informou que ainda não há a falta de cimento, conduto, o estoque pode ficar comprometido nos próximos dias se o bloqueio continuar. Ela não soube estima por tempo as vendas ainda devem seguir normalmente, com a demanda de compra no município. A saca tem sido vendida entre R$ 25,90 e R$ 28,00
Conforme Só Notícias já informou, na sexta-feira (24), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos, cobrada pelos caminheiros. A norma define que os estudos deverão ser submetidos à audiência pública, com parâmetros de referência em vigência de 12 meses, revistos anualmente.
Contudo, um dos representantes dos caminheiros em Mato Grosso, Júnior Boscoli, os bloqueios em rodovias continuam até o governo oficializar uma tabela para entrar em vigor em todo o Brasil. Há interdições no km 57 da BR-364, no município de Alto Garças. Em Tangará da Serra, também foi bloqueado a MT-358. Com isso, subiu para nove os pontos bloqueados nas BRs-163/364 e apenas um em rodovia estadual. Além de Alto Garças, na BR-163, os manifestos são em Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum (em dois pontos), e Guarantã do Norte. Já na BR-364, os caminhoneiros estão concentrados em Rondonópolis (dois pontos) e em Diamantino.