As entidades representantes da classe comercial e empresarial avaliaram que a greve iniciada ontem, nas agências bancárias, terá impacto negativo na economia. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Afonso Techima Junior, afirmou que a greve é “péssima” para o comércio. “Atualmente, apesar de muitas transações serem feitas pela internet, boa parte dos consumidores ainda retira dinheiro nos caixas”, expôs. Entretanto, para Afonso, “o direito dos grevistas é legítimo”, uma vez que “os bancos somente visam o lucro e não pensam nos usuários. Quem vai nas agências sabe o caos que é. Filas intermináveis, caixas eletrônicos sem dinheiro e poucos funcionários para atendimento. Por isso acho que tem que haver um bom senso também. É a segunda greve em um curto intervalo de tempo”.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sinop (ACES), Rodolpho Melo, não é possível “mensurar o impacto negativo da greve. Todas as vendas estão diretamente ligadas aos bancos. Sinop é um polo regional de comércio e tudo envolve movimentação bancaria. A greve fere a nossa economia”, afirmou Melo, que disse “desconhecer a pauta de reivindicação dos bancários”.
Conforme Só Notícias já informou, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso apontou que todas as 116 agências de Cuiabá e as 19 de Várzea Grande foram fechadas ainda ontem. O representante do sindicato local também afirmou que os 11 bancos de Sinop também aderiram. Em Sorriso, das cinco unidades, o Banco do Brasil aderiu ontem e a Caixa Econômica fechou as portas hoje. Em Lucas do Rio Verde são onze instituições e apenas a Caixa Econômica Federal está fechada. Em Nova Mutum são três unidades e o Banco do Brasil foi o único a aderir.
Os bancos oferecerem 7,35% de aumento salarial, contratações para reduzir as longas filas e não houve avanços na parte de segurança bancárias, por exemplo. A luta da categoria é por reajuste de 12,5%, PLR maior, vale cultura para todos os bancários, entre outros.