Apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), como principal produtor nacional de arroz ano passado e também da região Centro-Oeste, com uma produção somando 707,167 toneladas, em uma área de 274.928 hectares, Mato Grosso discute toda a cadeia da cultura durante o segundo seminário de arroz em terras altas, marcado para esta quinta-feira em Sinop, reunindo técnicos, agricultores, estudantes entre outros representantes no auditório do Senai.
O coordenador regional da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Carlos Montemezzo, explica que aproximadamente 300 pessoas são esperadas. A presença do secretário de Desenvolvimento Rural (Seder), Neldo Egon, está confirmada. Ele abre o evento, com o primeiro painel, entre entre 8h30 e 10h15, entitulado “ações para viabilizar a cadeia produtiva de arroz em terras altas em Mato Grosso”, com a presença, e demais convidados.
“O arroz atravessa uma grande encruzilhada. O governo tem interesse na cultura, mas há uma série de entraves, como as políticas de preços. Não há mecanismos para travá-los. Ele fica a mercê de um mercado”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias.
Das 10h15 e 10h30 haverá intervalo. Em seguida, o debate aborda “Linhas de crédito para cultura do arroz em terras altas no Estado”. Das 11h15 ao meio-dia, está programada a palestra sobre “Licenciamento, fiscalização e queima controlada”. Das 12h às 12h45, “Nova classificação de arroz e parboilização de arroz em terras altas”, encerrando o cronograma da manhã.
“Integração lavoura-pecuária” será o primeiro tema da tarde, a partir das 14h. Das 14h45 às 15h45, será realizado o painel “Organização da atividade sementeira em Mato Grosso”. A palestra “Programa de Desenvolvimento Regional – MT Regional” vem logo em seguida. Após o intervalo (16h30 à 16h40), os presentes debatem sobre “A produção mundial do arroz”. O encerramento ocorre às 18h50.
Amanhã, Sinop também sedia a segunda reunião da comissão técnica da cultura do arroz Mato Grosso/Rondônia. As inscrições podem ser realizadas entre às 8h e 9h. A partir das 9h30, membros discutem “O arroz de terras altas em Mato Grosso”, e, posteriormente, o “Arroz de terras altas em Rondônia”.
Na mesma manhã, outros temas norteiam os debates, entre eles “Correção e adubação do solo para cultura do arroz em terras altas”, com a pesquisadora da Empaer Maria Luiza Peres Villar, de Cuiabá, e doutora em agronomia. “O que sentimos é que não está sendo seguida a recomendação, ou as recomendações. E é isto que pretendemos demonstrar, como os agricultores podem fazer a adubação correta, preparo de solo, entre outros, para obterem maior produtividade e maior economia”, acrescentou.
À tarde, às 13h30, “Sessões das sub-comissões”, “Desenvolvimento de cultivares”, “Manejo da cultura do arroz” e “Desenvolvimento da cadeia produtiva”. A plenária final ocorre entre 16h e 17h30, com encerramento após.
Comparando-se com a safra anterior, a produção mato-grossense teve um declínio de 1,9%, e a área colhida, uma redução de 1,7%. “Mato Grosso ainda tem condições de se manter na liderança nacional da cultura”, acrescentou Montemezzo.