A Câmara Municipal de Sinop aprovou, ontem à tarde, em sessão ordinária, moção de apelo e encaminhou ao governador Pedro Taques (PSDB) e à bancada federal e estadual de Mato Grosso solicitando que seja feito o repasse financeiro ao Hospital Regional, por meio do Instituto Gerir, que administra a unidade. O pedido se refere ao cumprimento do contrato de gestão emergencial assinado entre Secretaria de Estado de Saúde e o Instituto. A matéria foi assinada por todos os parlamentares.
A moção explica que os repasses são para o pagamento de salários dos funcionários, entre eles médicos e enfermeiros, alguns atrasados desde agosto, e também fornecedores. Além de ser usado para compra de insumos básicos utilizados no tratamento de pacientes no dia-a-dia e também em situações cirúrgicas.
Se o apelo for atendido, o Instituto Gerir acredita que pode regularizar o atendimento de cirurgias ortopédicas e das demais especialidades, todas comprometidas com a falta de dinheiro, e dar manutenção nos aparelhos da unidade, que estão deteriorados. Por fim, a petição apela para que o Governo do Estado, mesmo no apagar das luzes da administração de Pedro Taques, apresente um plano de contingenciamento imediato para evitar que os problemas continuem de forma repetida.
No último dia 1º, o Instituto Gerir, que administra o hospital, informou que está aguardando o pagamento da 4° parcela do contrato de gestão emergencial, no valor de R$ 4,2 milhões, referente ao mês de setembro, para regularizar o pagamento de médicos, funcionários e reabastecer a unidade com insumos utilizados no atendimento de pacientes. O instituto não informou qual o valor da folha salarial em atraso.
Semana passada, pacientes que precisam de atendimentos ortopédicos fizeram manifestação em frente ao hospital regional cobrando vagas para receberem avaliação médica ou passarem por cirurgia. Eles estavam sendo atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aguardavam regulação para serem levados à unidade, mas diante da espera fizeram o manifesto em frente ao hospital. Com cartazes com nomes e data da internação na UPA eles cobraram providências. “Chega de Sofrimento e infinitas esperas. Precisamos de respostas! Esperando cirurgia há 60 dias!!!”, diz algumas frases expostas. Alguns relataram que já estão aguardando desde o mês passado as vagas.