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Sinop: após protesto moradores atingidos por usina vão à prefeitura e exigem reunião com prefeito

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Um grupo de moradores da região da Gleba Mercedes (70 quilômetros de Sinop) foi à prefeitura e exigiu a presença do prefeito Juarez Costa (PMDB) em uma reunião para apresentar reivindicações dos problemas que estão enfrentando. Eles cobram uma maior participação do prefeito no cumprimento das medidas acordadas entre a Companhia Energética Sinop (CES) e os atingidos pela usina. Vários manifestantes ocuparam o auditório do Poder Executivo (antiga câmara dos vereadores) que foram atendidos inicialmente por um assessor.

Pouco tempo depois, Juarez apareceu no local juntamente com os secretários de Saúde, Manoelito Rodrigues; de Meio Ambiente, Cristina Ferri; e de Trânsito, Ivete Malmann, para ouvir as reivindicações. Um dos manifestantes fez uma explanação sobre a atual situação dos moradores da região, que serão atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Sinop.

Juarez afirmou que esta situação envolve a usina, os moradores da Gleba e também a prefeitura, pois as obras atingem diretamente o município. “Estamos esperando uma reunião entre a usina e os assentados, coisa que não aconteceu até agora, e se a gente não entrar nessa briga, todos esses assentados irão ficar à deriva, vão perder tudo que construíram. No dia 2 vou estar presente na reunião marcada entre os assentados e diretores da UHE”.

Segundo o prefeito, os moradores estão reivindicando o que é justo. “Esperamos que o diálogo vença, pois até hoje ninguém tem uma proposta definitiva para o pessoal da Gleba. Se não houver esse resultado vamos entrar na justiça para cobrar o que é de direito não só do município, mas também dos assentados”

A secretária de Meio Ambiente disse que estará acompanhado o Plano Básico Ambiental (PBA) e intermediando uma negociação com Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para que a CES possa cumprir o que estar no PBA, que é a obrigação de que as licenças ambientais sejam entregues.

O produtor rural Odair Ferassa disse que vai perder 34 hectares com o alagamento da usina. “Tenho uma vida lá e vou perder tudo. Espero que eles paguem para que pelo menos diminua o nosso prejuízo”.

Já o representante da Comissão dos Atingidos da Gleba Mercedes (MAB), Geferson do Nascimento, disse que a CES não quis negociar a pauta de reivindicações, esta manhã, e devido a isso eles decidiram cobrar uma atitude do Poder Público. Ele disse que caso a empresa não cumpra com o acordado, não descarta a possibilidade de ir até as obras da usina.

Esta manhã, conforme Só Notícias já informou, cerca de 300 pessoas realizaram um manifesto em frente à agência do Banco do Brasil, na avenida Júlio Campos, nas proximidades da Catedral. Em seguida, realizaram uma passeata pela mesma avenida e seguiram até o escritório da usina, localizada na avenida das Figueiras, onde também protestaram.

Outro lado

A Companhia Energética Sinop (CES) informou, por meio de nota, que está tratando todos os assuntos dos dois assentamentos com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério público Federal (MPF), e se reportando à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que é a instituição responsável pelo licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) Sinop.

Ontem a Diretora de Meio Ambiente da CES esteve no Incra e acertou para o dia 02 de dezembro uma reunião geral no Assentamento Wesley Manoel dos Santos para apresentação dos resultados dos trabalhos já realizados, destacando-se o georreferenciamento dos lotes, financiado pela CES, a vistoria ocupacional realizada pelo Incra, sem os quais não seria possível entender a situação atual de cada assentado e estabelecer uma estratégia de negociação para reassentamento ou indenização.

Em função da finalização destes trabalhos, ocorrida nesta semana, a CES junto com o Incra e acompanhados pela Sema e MPF apresentará, no dia 02 de dezembro, o Termo de Compromisso a ser firmado com o Incra para o reassentamento/indenização, a proposta e cronograma para a recomposição da infraestrutura viária da área remanescente do assentamento, entre outras ações que constam no Projeto Básico Ambiental (PBA), que são de responsabilidade da CES.

A CES reitera que sempre recebeu, de forma ordenada, todos os assentados que estiveram em seu escritório, assim como está sistematicamente visitando-os para entendimento de suas indagações e prioridades.

Neste sentido, ressalta os compromissos assumidos com a Sema através do licenciamento ambiental, entre eles, destacando-se o reassentamento das famílias com qualidade igual ou superior a existente.

(Atualizada às 16h10 – fotos: Só Notícias/Luiz Ornaghi)

 

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