A Companhia Energética Sinop informou que começou, hoje, a viabilizar travessia da balsa no rio Verde, pela MT-222, para os usuários da rodovia e também como rota alternativa para os que usam a MT-220 (Sinop-Juara) após a notificação da secretaria de Infraestrutura e duras críticas da Aprosoja, dos sindicatos dos Produtores Rurais e das Indústrias Madeireiras do Norte devido as longas filas de carretas carregadas esperando passar nas duas balsas na MT-220, na ponte da Marina, que foi interditada, desde segunda-feira, para obras de elevação de 70 centímetros devido ao alagamento que ocorrerá visando enchimento do reservatório da usina hidrelétrica. A empresa informou que houve dois dias de reuniões de esclarecimentos com o intuito de buscar soluções efetivas para atender as preocupações explanadas por agricultores e representantes de sindicatos. "Foi apresentada como medida mitigatória complementar subsidiando o custo da travessia da balsa do rio Verde aos usuários da rodovia como uma rota alternativa para chegar até Sinop. Esse custo será realizado sempre que a ponte da MT-220 estiver com o trânsito interrompido".
A empresa informa que "os produtores discutirão as propostas entre os demais interferidos e no início da tarde informarão à Sinop Energia sobre qual opção foi escolhida pela classe produtora". Uma das propostas para amenizar a demora que produtos e madeireiros estão tendo para escoar a produção é passar pela MT-222. A previsão é que as obras na ponte terminem em setembro.
Segundo o Sindicato Rural, ficou definido que a usina será responsável pela conservação das estradas vicinais e pagamento de pedágios nas praças de Ipiranga do Norte e Sorriso até o dia 30 deste mês. Porém, a documentação confirmando esse acordo ainda não foi enviado para o jurídico da entidade.
Ontem, a Sinfra havia concedido 48h para companhia acabar com longas filas na travessia por balsas na MT-220. Se as longas filas de carretas e veículos esperando passar continuarem, a secretaria deve suspender a autorização para obras de elevação da estrutura da ponte. Constava na notificação para a empresa que está construindo a usina, e as obras da ponte, que o secretário Marcelo Duarte apontou espera para passar de balsa chegava a 10 horas.
Conforme Só Notícias informou, foram colocadas duas balsas para carretas carregadas com soja, madeira e outros produtos passarem em direção a Sinop e sentido Juara e municípios da região. O presidente Sindusmad, Sigfrid Kirsch disse, em entrevista, ao Só Notícias que faltou planejamento da Usina Hidrelétrica Sinop. “Não calcularam o fluxo de caminhões que passam diariamente pela ponte e, que, agora dependem das balsas. Essa conta poderia ter feito até em papel de padaria, que iriam saber que isso não daria certo. Estão passando nove caminhões por hora. Ou seja, qualquer analfabeto poderia fazer essa conta que a travessia por balsas na MT-220, iria provocar prejuízos”.
(Atualizada às 11:29h)