Os agentes do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, vão aderir a paralisação da categoria nesta quinta-feira. A decisão se deu em assembleia e será um protesto contra “acordos não cumpridos pelo governo do Estado, após inúmeras reuniões com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen)”.
Segundo a gerente administrativa e penal, Solange Rossi, a paralisação acontecerá por um dia, o que resulta na restrição de algumas atividades aos reclusos, entre elas frequência às aulas, atendimentos religiosos, de assistente social ou advogado e saída de presos que trabalham em obras. Só haverá recebimento de presos nos casos de transferências de outros estados. Atendimento a oficiais de justiça somente será feito com exceções, como casos de alvará de soltura, por exemplo. A alimentação, entrega de remédios, atendimento médico em caso de emergências e o banho de sol continuarão normalmente.
Entre as reivindicações da categoria está a realização de concurso público e a disponibilização de materiais, como fardamento, que até então é custeado pelo próprio agente, escâner corporal, coletes balísticos e novas viaturas. Uma nova assembleia será realizada no próximo mês, onde será votado indicativo de greve.
Os agentes penitenciários das demais unidades do Estado também vão paralisar as atividades.
Conforme Só Noticias já informou, as informações da assessoria do Sindspen são de que o governo informou que o concurso está em fase de contratação da empresa que fará a prova. A aquisição de escâner corporal, por outro lado, está em análise de documentação das empresas vencedoras da licitação. O processo para compra dos uniformes, conforme dados repassados ao sindicato, foi concluso e encaminhado à Secretaria de Gestão para finalização e elaboração do edital. Por fim, o sindicato aponta que o governo aguarda autorização do Exército para prosseguimento do processo licitatório de aquisição das viaturas e coletes. Todos os itens da pauta de reivindicação foram lidos pela categoria durante a assembleia. O governo ainda não se manifestou sobre a decisão dos servidores.