Os desembargadores da turma de câmaras criminais reunidas do Tribunal de Justiça negaram o pedido para trocar a comarca onde será realizado o júri popular de V.V.,27 anos, acusado de assassinar, a facadas, Moacir Alves Batista Júnior, 22 anos, em julho do ano passado. A defesa do réu alegou que o crime causou “grande comoção na sociedade local”, o que “revelaria dúvidas quanto à imparcialidade do Conselho de Sentença”.
Os advogados apontaram ainda a existência de um “movimento provido por terceiros/parentes da vítima, inclusive com mensagens vinculadas em outdoors, incitando a população a comparecer do júri”, o que “poderia influenciar os jurados”, e pediram a suspensão da audiência de julgamento, com transferência para outra comarca.
Para o relator, desembargador Orlando de Almeida Perri, no entanto, o fato dos outdoors terem sido instalados pelos parentes da vítima, “principalmente em uma cidade das dimensões de Sinop, (…) não evidencia ofensa à imparcialidade do júri, nem, tampouco, prejuízo à defesa do réu”. Segundo o magistrado, os outdoors, publicados em pontos isolados de uma cidade que tem cerca de 140 mil habitantes, “nem mesmo são vistos pela maioria da populacão”.
O júri está marcado para esta quarta-feira (18), no Fórum da Comarca de Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, V.V. afirmou, em depoimento, que teve uma briga com a vítima horas antes de cometer o assassinato. Ao encontrá-la novamente, decidiu se vingar. Os policiais civis apuraram, com base em relato de testemunhas, que o criminoso estava em um Fiat Strada branco, que era conduzido por um amigo. Ao chegar ao local do crime, desceu do veículo e convidou Moacir para entrar no carro. Como a vítima se negou, em seguida, o suspeito a agarrou e começou a esfaqueá-la.
O crime ocorreu no pátio de um posto de combustíveis, na avenida das Acácias, na região central. Moacir chegou a ser socorrido com vida, porém, não resistiu ao ferimento e faleceu horas depois no Hospital Regional.