Um total de 215 caçambas com entulhos, considerados potencialmente criadouros do mosquito Aedes aegypti, foi recolhido até ontem no mutirão contra a dengue, realizado pela prefeitura e entidades parceiras. Desde 30 de janeiro, 72 bairros foram visitados, aponta relatório semanal divulgado.
Na terça-feira, frentes de trabalho percorreram os bairros Residencial Norte, Jardim Maringá I e II, Setor Industrial e Aquarela do Brasil. Não houve a utilização dos caminhões para recolhimento de entulhos pelos reeducandos do Sistema Prisional. A ação baseou-se em orientações aos moradores quanto ao recolhimento de lixos menores para posterior coleta pela empresa prestadora deste serviço.
"É muito importante ter cuidado porque o mosquito pode matar. Ele não transmite só a dengue, mas também a Zica, a Chikungunya", alerta o coordenador de Vigilância Ambiental, da Secretaria Municipal de Saúde, Cesário Alves Rocha.
Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) mostram que a incidência da infestação do mosquito Aedes aegypti passou de 2,6% em janeiro para 1,7% no período de fevereiro à primeira quinzena de março deste ano. "A intenção é, após o mutirão, por consequência do mutirão e toda a ajuda da população, mantermos o índice abaixo de 1%, que é o que preconiza o Ministério da Saúde".
Enquanto uma frente de trabalho percorre os bairros de Sinop, outra atua diretamente no quadrilátero central. Na ação conjunta desenvolvida com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial Empresarial de Sinop (ACES), agentes de endemias e a Vigilância Sanitária, 1.350 imóveis foram inspecionados entre 13 de março ao dia 30 de março. 54 quarteirões foram percorridos e 24 autuações/multas emitidas.
Conforme explica Cesário Alves Rocha, além de manter seus quintais limpos, a população pode ajudar o poder público no combate ao mosquito transmissor da dengue por meio de denúncias pelo telefone (66) 3511-1893, diretamente no setor de endemias. "As denúncias são checadas e vamos até os locais fazermos vistorias", diz o coordenador, explicando ainda que, independentemente do imóvel, os agentes fazem o acompanhamento e investigação.
Nesta semana, denúncias feitas à Vigilância Ambiental levaram os profissionais até um estabelecimento de ensino para investigar a presença de larvas do mosquito.