O Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (Sindspen) reforçou a necessidade de uma corregedoria própria, no sistema prisional, com o assassinato do agente Idelman Bezerra Braga, 27 anos. Ele foi encontrado morto, na terça-feira, em um milharal nas proximidades da prefeitura de Lucas do Rio Verde, município que atuava.
O presidente do sindicato, João Batista, disse, ao Só Notícias, que “essa cobrança já está inclusive na nossa pauta de reivindicações desse ano. Já houve um diálogo com o governo mas ainda estamos aguardando posicionamento”. Com a corregedoria o próprio o sistema penitenciário também ganharia autonomia para apurar casos internos envolvendo funcionários do quadro.
O inquérito da morte do agente é conduzido pelo delegado de Lucas, Marcelo Torachs. Umhomem, 48 anos e uma mulher (idade não confirmada) já foram presos. Na casa dele, a polícia localizou o coldre da pistola 380, carteira com documentos do agente e registro da arma.
Conforme Só Notícias já informou, o homem afirmou estar no milharal mantendo relações extra-conjugais com uma mulher. “Ele alega que o agente chegou ao local e disse que poderia continuar o ato sexual. Depois, a mulher teria sido estuprada pelo agente. Em determinado momento, Eloi e a vítima entraram em luta corporal, momento em que Eloi levou tiro na perna. Mas como é forte, conseguiu dominar a vítima. Então, a mulher teria dado duas pancadas com capacete (em Ildeman) quando o agente teria dito que “era da polícia”. Temendo outras consequências, eles desferiram coronhadas na cabeça dele, que faleceu. O corpo foi arrastado e deixado alguns metros do local onde houve a luta”, disse o delegado anteriormente.
Ele acrescentou que “são fortes os indícios que o agente estuprou a mulher e os vestígios pericais são condizentes”. Ele já pediu a preventiva do sitiante e da acusada. “Precisamos esclarecer o que o agente foi fazer no milharal, local onde jovens ficam nas proximidades bebendo, consumindo drogas”, emendou.