O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário recusou a proposta do Tribunal de Justiça de 13% no reajuste dos salários e o aumento do auxílio-saúde, durante assembleia geral virtual, esta tarde. O presidente Rosenwal Rodrigues dos Santos afirmou que foi encaminhada contraproposta reivindicando reajuste salarial de 25% e aumento de R$ 2 mil no pagamento do auxílio-saúde.
“Não aceitamos a proposta de 13% e indicamos a possibilidade de um acordo em cima de 25%. Já no caso da elevação do auxílio-saúde não chegaríamos nem ao patamar dos magistrados que é R$ 3,5 mil. Nós pedimos que fosse ajustado para R$ 2 mil. Eu acredito que falta pouco para chegar em um consenso”, declarou, ao Gazeta Digital.
Inicialmente, o sindicato queria 40%, o tribunal não concordou sob o argumento que a majoração poderia impactar no orçamento mas o dirigente sindical contestou a justificativa afirmando que o órgão tem condições de atender o pedido, já que recentemente elaborou projetos para a criação de novos cargos comissionados.
“A gente tem se deparado com vários projetos sendo enviados para a Assembleia Legislativa para a criação de cargos dentro do Poder Judiciário. Isso demonstra que realmente tem dinheiro para conceder esse reajuste que há 20 anos os servidores vem pleiteando”, acrescentou.
O presidente do Sinjusmat disse que aposta no “bom senso” da diretoria do tribunal para atender a categoria e evitar uma paralisação. “Se o Tribunal continuar resistindo, os servidores poderão cruzar os braços e deflagrar a greve. Mas eu acredito no bom senso. Eu acredito que uma mulher no poder vá conseguir resolver essa problemática de duas décadas”, finalizou.