O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Carga de Mato Grosso, Otávio Faria Fedrizze disse, em entrevista, ao Só Notícias, que a ação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em retomar as atividades da balança móvel na rodovia federal, no trecho no município de Guarantã do Norte (233 quilômetros de Sinop) é positiva para coibir excessos de peso em carretas.
“É um trabalho do DNIT fazer essa vistoria na rodovia. Vemos com bons olhos e que realmente tem que ter essa fiscalização. Um dos motivos é que os asfaltos feitos pelas empresas contratadas são de qualidade ruim. Por isso, precisam fazer esse controle. No entanto, o excesso de peso é prejudicial para rodovia, trafegabilidade e o próprio veículo”, disse Fedrizze.
Para o presidente, andar com excesso de peso também é desvantagem para motoristas autônomos. “Está destruindo o próprio bem. Carregam mais que o equipamento suporta, reduz quantidade de carga que se tem para transportar e prejudica até o valor do frete. Levam mais peso em cargas que poderiam ser transportadas em mais viagens. Quebra mais o caminhão e tudo se torna prejudicial”.
Conforme Só Notícias já informou, a operação tem como objetivo verificar o peso de carretas e caminhões que saem do Nortão rumo aos portos paraenses para autuar quem descumprir a lei da balança recomeçou na última segunda-feira.
As carretas e caminhões são fiscalizados por amostragem e, aqueles que estiverem transportando carga em desacordo com as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), serão autuados com as medidas administrativas previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
A rodovia é a principal rota utilizada para o escoamento da safra agrícola de Mato Grosso, que é transportada para os portos do chamado Arco Norte, como o de Miritituba, Pará, de onde as cargas são embarcadas para o mercado externo. Como o trecho encontra-se totalmente pavimentado, tem aumentado o fluxo usando a rota para escoar grãos de soja e milho.