A Justiça decidiu que sete réus deverão ser levados a júri popular pelo homicídio de Maurício Ferreira Lucas, 27 anos. A vítima sofreu uma emboscada e foi assassinada em junho do ano passado. O corpo foi encontrado em um buraco de três metros de profundidade, em uma área de mata na região do bairro Parque das Araras.
Conforme a decisão judicial, há indícios de que o crime foi cometido por motivo torpe, já que os suspeitos teriam assassinado a vítima em razão da “disputa de facções criminosas pela hegemonia do crime nesta cidade, sobretudo o tráfico de drogas”. Além disso, também foi acrescentada a qualificadora da dissimulação, “pois há indícios nos autos de que os agentes agiram ocultando o propósito criminoso para então levar a vítima, desatenta e enganada, à mata sem que ela esperasse por isso, acometendo-a ali de surpresa”.
Além do homicídio qualificado, os suspeitos também responderão pelo crime conexo de corrupção de menores. A decisão judicial ainda definiu que seis acusados devem permanecer na cadeia até o julgamento. O sétimo estava em liberdade e será mantido nessa condição.
O delegado Marcelo Maidame, que comandou as investigações, detalhou que Maurício Ferreira foi morto por supostamente fazer parte de uma facção rival dos acusados. “Há um relato de Maurício afirmando que seria de uma facção criminosa do Espírito Santo rival a que existe em Lucas do Rio Verde. Nossos investigadores com os militares diligenciaram e os investigadores descobriram que essa vítima teria sido atraída para um bar no Parque das Américas. Posteriormente, o homem consumiu bebida alcoólica, sabe-se que após o bar foram para uma residência e depois perto dessa mata algumas testemunhas viram um táxi onde o corpo foi encontrado”.
O delegado explicou ainda que “os policiais foram até o bar, buscaram imagens e identificaram as pessoas que estavam com a vítima e, logo após, os policiais foram até os suspeitos”.