A paralisação dos agentes penitenciários, em todo o país, prevista para iniciar hoje, foi suspensa. O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen), Ademir da Mata, disse, ao Só Notícias, que com a divulgação da delação dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do JBS, envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), a decisão da Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários (Fenaspen) foi adiar o protesto. “Entendemos que, com esses acontecimentos, em Brasília, o nosso movimento não surtiria efeito, sem contar que a votação da reforma da previdência foi suspensa. Então, por isso, vamos aguardar para tomar as próximas decisões”, explicou.
O representante do Sindspen disse ainda que está mantido para a próxima terça-feira (23) o encontro dos representantes das categorias penitenciárias, em Brasília. No dia 24, eles devem se juntar aos servidores e fazer uma grande manifestação em frente ao senado.
A categoria reivindica a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria as polícias penitenciárias federal e estaduais, Polícia Penal que transforma os agentes penitenciários em policiais, o que na prática, pode facilitar futuras reivindicações da categoria. Também pede a inclusão na categoria especial na reforma da previdência, na qual a aposentadoria é concedida a partir dos 55 anos. Com a nova reforma, os profissionais foram retirados dessa categoria e passam a ter direito a se aposentar com a mesma idade dos trabalhadores “comuns”, mulheres aos 62 anos e homens aos 65 anos.