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Servidores estaduais prometem greve geral se governo não retirar projetos

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: João Vieira/A Gazeta)

Nem mesmo a ordem judicial retirou os servidores públicos que ocupam a Assembleia Legislativa desde o início da manhã desta terça-feira. O Fórum Sindical, entidade representa cerca de 30 sindicatos e associações, afirma que os servidores farão greve geral caso os três projetos encaminhados pelo Executivo não sejam retirados da pauta da Assembleia Legislativa.

Os servidores permaneceram na Assembleia Legislativa e prometem manter a ocupação nesta quarta-feira. “A nossa proposta é de suspensão e retirada dos projetos 3, 4 e 5, que tratam do MT Prev, Revisão Geral Anual e Lei de responsabilidade fiscal estadual. E deixamos a casa dentro das condicionantes, em função das empresas públicas, a votação liberada do Fethab e da reforma administrativa do Estado”, afirmou um dos coordenadores do Fórum Sindical e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves.

Em reunião com os deputados nesta terça-feira, Eduardo Botelho (DEM) teria dito aos sindicalistas que a retirada dos projetos seria difícil, mesmo entre o Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa. “Ele já adiantou que tem muita dificuldade de aprovar a nossa proposta no colégio de líderes. Se ele conseguir aprovar a nossa proposta, vai levar até o governador. Em se aprovando a retirada das mensagens 3, 4 e 5 a gente tem uma possibilidade de flexibilizar e fazer a desocupação, mas sem isso, a ocupação da Plenária vai continuar. A semente da greve está plantada e a gente está tentando evitar isso”, explicou Oscarlino.

Para o sindicalista, a situação dos servidores chegou ao limite e, se não houver um novo posicionamento do governo, a greve será o último recurso. “O servidor está com o pagamento de salários atrasados, 13º atrasado, a perspectiva de não ter os nossos salários em dia, os servidores com empréstimos, adiantamento de 13º sendo descontado das contas. E ainda ter projetos aqui que congelam durante anos os direitos que foram conquistados através de décadas é inadmissível”.

Após a resposta dos deputados que se reuniram com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, de que os projetos seguirão normalmente para votação, sem alteração, os servidores decidiram permanecer acampados e dormir na Assembleia Legislativa.

“Os deputados que não foram reeleitos pelo povo, insistem em votar contra o povo. Não aceitam acordo. O Governo continua insensível e incapaz de uma conversa com os servidores públicos. Nós vamos continuar ocupando, porque neste lugar, que é a casa do povo, não será dessa vez o espaço de votação de projetos contra o povo”, discursou a vice-presidente da Associação dos Docentes da Unemat, Edna Sampaio.

A partir desta quarta-feira, segundo Sampaio, cada categoria começará a convocar assembleias, para votar sobre a possibilidade de greve. “Cada categoria vai fazer a assembleia com o seu segmento. Depois nós vamos marcar um ato público com todos os segmentos em Cuiabá, para demonstrar a nossa indignação com o estelionato eleitoral promovido pelo governador Mauro Mendes, que prometeu na campanha que não atacaria os servidores públicos e só tem feito isso nos poucos dias de governo”.

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