Após receber a notícia que o governo do Estado acionou a justiça pela ilegalidade e suspensão da greve dos servidores, o Fórum Sindical se manteve reunido ontem à noite para articular as atividades de hoje. Os grevistas vão montar acampamentos, ainda hoje, em frente ao Palácio Paiaguás e em frente à Secretaria de Estado de Gestão, ambos no Centro Político Administrativo.
Os sindicatos que representam as categorias atuantes na segurança pública do Estado receberam a decisão de o governo do Estado acionar a justiça pela ilegalidade e suspensão da greve dos servidores sem surpresa.
O presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil (Sindepojuc-MT), Davi Nogueira, afirma que essa escolha já era esperada e é categórico ao dizer que “em Mato Grosso não existe greve ilegal, pois sempre que greve é iniciada, a Justiça é acionada”.
Se o pedido protocolizado pelo governador Pedro Taques (PSDB) for acatado, os efeitos caem sobre os policiais e bombeiros militares, escrivães de polícia, investigadores, delegados, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Detran, integrantes do Sistema Penitenciário e Sistema Socioeducativo.
“Nós recebemos com naturalidade essa decisão do governador, mas nossa assessoria jurídica já está tomando as providências”, diz Cledison Gonçalves da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil (Siagespoc-MT), que complementa dizendo que essa situação fortalecerá a greve.
Já James Rachid Jaudy, porta voz do Fórum Sindical, diz que ficou surpreso. “O governo diz que o diálogo está aberto. A população, a Assembleia Legislativa, a justiça estão do nosso lado. Pensamos que o governo teria bom senso”.
Até o momento as categorias ainda não foram notificadas e a mobilização geral segue por tempo indeterminado, “e mesmo quando formos notificados, a greve continua”, afirma Davi Nogueira.