Os servidores públicos ligados aos Sindicatos dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), dos Servidores do Detran (Sinetran), da Saúde e do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso (Sisma), dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc), dos Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat), entre outros, realizaram uma passeata no município, esta tarde.
Mais de 100 servidores participaram do manifesto. A concentração ocorreu em frente a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), na avenida dos Ingás, no centro. Os trabalhadores percorreram um trajeto até a Catedral Sagrado Coração de Jesus. Os servidores levam várias faixas e cartazes. Um deles diz “Trabalhadores do Estado na rua pela reposição da inflação integral já”. Outro aponta “Reajuste Geral Anual já”.
Segundo o representante do Siagespoc, João Carlos Santana, o reajuste é constitucional. “Estamos cobrando o que é direto constitucional e o governador sinalizou que não iria pagar. Por isso, resolvemos fazer esta paralisação de 24 horas. Esperamos que ele nos passe uma posição positiva, caso contrário, iremos entrar em greve geral com todas as categorias. Todos os serviços são necessários e, por isso, pedimos que o governador nos de uma posição coerente”.
A presidente do Sintep, Maria Aparecida Lopes, criticou o posicionamento do governo do Estado. “Enquanto sindicato, avaliamos de forma péssima este posicionamento do governo. É um reajuste de direito para reposição inflacionária dos salários dos servidores. O governo teve um ano para analisar sabendo que teria esta correção para fazer. Até agora não foi apresentado nenhuma proposta e o que temos até agora é a negativa do pagamento do revisão”.
O presidente do Sintesmat, Reginaldo Alencar, disse que o ato público é apenas para demostrar a insatisfação da categoria devido ao não comprimento da aplicação do reajuste salarial. “Estamos reivindicando apenas o que é estabelecido por lei, nada mais do que isso. E o movimento é para defender os nossos salários. Sem este reajuste fica complicado a vida do servidor público. Exigimos apenas reposição dos nossos salários. Não estamos aqui brigando por aumento, mas sim pelo que é de direito assegurando pela lei e que não está sendo cumprido pelo governo estadual”.
Esta manhã, o manifesto ocorreu na capital e vários servidores protestaram em frente a sede da Secretaria de Estado de Gestão.
O Governo do Estado emitiu nota apontando que é um direito do servidor público estadual se manifestar e que a decisão de não pagar o Reajuste Geral Anual (RGA) este mês é amparada em lei e que, caso consiga aumentar a arrecadação, o valor será pago. “O governo do Estado esclarece que a crise nacional, somada à falta de planejamento das gestões anteriores, levaram à atual situação financeira estadual. Isto ocorre porque nos últimos oito anos a despesa com pessoal cresceu mais do que a receita do Estado, provocando um descompasso nas contas públicas. O salário do funcionalismo teve um aumento de 230% enquanto a receita cresceu 156% no mesmo período”.
(Atualizada às 18h10 – fotos: Só Notícias/Cleber Romero e Luiz Ornaghi)