Servidores federais bloquearam, esta manhã, o tráfego de veículos na BR-364, em Santo Antônio do Leverger, próximo ao Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus São Vicente. De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), o manifesto ocorreu até o meio-dia. Esta tarde, não há mais interrupção.
Nenhum veículo, com exceção de ambulâncias, teve autorização para passar. O ato contou com a participação de dezenas de servidores da UFMT, IFMT, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), além de estudantes do Diretório Central (DCE) da UFMT. Com materiais de divulgação, os manifestantes dialogaram com a população sobre os motivos da greve, que em algumas instituições já dura mais de três meses. “O objetivo é demonstrar que o discurso de crise, utilizado para justificar os cortes na Saúde, Educação e Previdência só prejudica os trabalhadores, enquanto os grupos mais ricos continuam intactos”, informou a assessoria.
Os servidores reivindicam defesa do serviço público, contra os cortes do orçamento e 10% do PIB para a Educação Pública; reposição inflacionária de 27,3%; auditoria e suspensão do pagamento da dívida pública; estabelecimento de data-base em 1º de maio; isonomia de benefícios (como, por exemplo, auxílio-alimentação e auxílio-saúde) com os outros poderes e com os servidores do Tribunal de Contas da União (TCU); paridade entre os servidores ativos, aposentados e pensionistas; retorno dos anuênios (adicional por tempo de serviço) para todos os servidores federais (1% sobre o vencimento básico para cada ano trabalhado) e extinção do fator previdenciário.
Também estão na pauta de reivindicações a carreira única dos trabalhadores da educação federal com reestruturação das carreiras dos técnicos administrativos e docentes; a democratização das Instituições Federais de Ensino; isonomia de tratamento entre os docentes da carreira do EBTT com os docentes do Magistério Superior; 30 horas sem restrição e sem ponto eletrônico para todos os técnico administrativos; uniformização das políticas de progressão para os docentes da rede federal; e ensino quanto às diferenciações que ainda existem para os docentes das instituições federais militares. Os servidores ainda se manifestam contrários ao Projeto de Lei Complementar (PEC) 30/2015, que trata sobre as terceirizações e que, segundo eles, retira direito dos trabalhadores.
(Atualizada às 14h – fotos: assessoria)