Servidores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) permanecem acampados em frente à Casa da Democracia, em Cuiabá. O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal, Pedro Aparecido de Souza, garante que a greve foi cogitada durante o período de cadastramento dos eleitores de Mato Grosso. “Resolvemos adiar para agora porque não queríamos prejudicar a população. Os verdadeiros culpados são os políticos e eles sim serão prejudicados”, diz.
Pedro explica que a ideia é justamente causar um constrangimento à classe política. “Estamos há 6 anos procurando uma solução para este impasse, mas os políticos estão sendo sempre insensíveis com os servidores. Por isso, vamos tentar barrar os registros de candidatura. Se não for possível, nós vamos ao menos dificultar a ação deles”, promete.
O juiz-auxiliar da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Jorge Luiz Tadeu, vê a legitimidade da greve dos servidores da Justiça Federal. “Já houve mais de 50% de perda inflacionária. Eles têm que lutar por seus direitos mesmo. São trabalhadores que passaram em um concurso difissílimo e merecem tratamento digno, como todos os outros brasileiros”, defende o magistrado.
Já o presidente da Comissão Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB), Silvio Queiroz, garante que a greve é uma excelente oprtunidade para que haja diálogo entre os servidores e o poder público.