Os servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso voltam ao trabalho na segunda-feira (3 de junho). A decisão acaba de ser confirmada, ao Só Notícias, pelo representante do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), em Sinop, Gilmar Pandolfo. “Vamos suspender a greve de segunda a sexta-feira e esperar pela proposta do tribunal. Ela será analisada em assembleia, durante a semana, quando decidiremos pelo encerramento definitivo ou não da greve”.
Os profissionais deflagraram greve no dia 13, por não haver avanço nas reivindicações da classe junto ao Tribunal de Justiça. Desde o início da semana, o presidente do sindicato, Rosenwal Rodrigues, se reuniu com servidores das comarcas polos e a maioria decidiu pela suspensão do movimento. O pedido de retorno ao trabalho foi feito pelo presidente do tribunal, Orlando Perri, que garantiu dar sequência nas negociações, somente se a greve fosse finalizada.
Atualmente são cerca de 5,5 mil servidores no judiciário, destes, pelo menos 80% aderiram a paralisação. Oficialmente os prazos processuais foram suspensos em 11 das 79 comarcas. São elas Cuiabá, Diamantino, Guiratinga, Jaciara, Poconé, Poxoréu, Primavera do Leste, Nova Mutum, Terra Nova do Norte, Rio Branco e Rondonópolis.
Os profissionais querem auxílio alimentação de R$ 900, avaliação das progressões com pagamento já em 2014. Porém, o tribunal alega não ter recursos para atender todas as reivindicações. A corte concedeu reposição salarial de 6,2% retroativos a primeiro de maio, e de cerca de 30% no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 315.
Segundo o presidente do tribunal, o auxílio alimentação reivindicados significaria um impacto de R$ 30 milhões em 2013 (junho a dezembro), de R$ 52 milhões em 2014 e de R$ 55 milhões em 2015.
Os profissionais tiveram os pontos cortados desde o dia 13. Em função de uma liminar concedida pelo desembargador, Adilson Polegato de Freitas, na segunda-feira (20), que considerou o movimento ilegal e determinou que voltassem ao trabalho. Além de multa diária ao sindicato de R$ 20 mil. O sindicato informou, por meio de nota, que o departamento jurídico está “tomando todas as providências jurídicas para solucionar a questão”.