Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rubens de Oliveira tem até amanhã para garantir na folha de pagamento de maio a reposição salarial de 6,5% nos salários dos servidores do Poder Judiciário do Estado e evitar uma greve já no início de junho. Caso contrário os cerca de 5,5 mil trabalhadores cruzam os braços daqui a duas semanas, conforme garantiu o presidente do Sindicado dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues.
O sindicalista explica que a reposição é relativa às perdas inflacionárias do exercício financeiro de 2010, ou seja, para suprir o poder de compra dos trabalhadores diante da inflação deste período. Ele garante que já protocolou no dia 19 de abril junto ao presidente do TJ, o comunicado para que não houvesse atraso como tem ocorrido anualmente. "O desembargador Rubens de Oliveira já está sabendo dessa reivindicação e mesmo assim não encaminhou o anteprojeto para a Assembleia que precisa votar e depois levar ao governador par sancionar", conta Ronsenwal ao afirmar que precisa dessa certeza até esta sexta-feira, caso contrário, a greve está deflagrada.
Agora, para o desembargador solucionar o impasse, precisa enviar o anteprojeto ao deputados em caráter de urgência. "Isso já é um problema deles, como chefe do TJ, o magistrado tem autonomia de pedir em votação em caráter urgentíssimo para na AL e uma sanção imediata do governador Silval Barbosa", explica.
Segundo Rodrigues, atualmente a folha salarial do Poder Judiciário gira em torno de R$ 40 milhões e se multiplicado por 6,5% como reivindica a categoria, haverá um aumento de R$ 2,6 milhões nas despesas salariais. "O problema é que isso é uma obrigação anual, a cada gestão o problema se repete. Deixam para última hora, e precisamos deflagrar greve para ter nossos direitos atendidos, pois essa garantia está no artigo 37 da Constituição Federal", pondera.
PCCV: A categoria também está elaborando uma plano definir um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores do Judiciário, e se não for aceito pelo TJMT também poderá haver uma greve. "Estamos apresentando a solução para o Judiciário de Mato Grosso para solucionar o impasse de nunca ter dinheiro para conceder aumentos salariais. A alegação de sempre é que falta recurso para bancar essa correção salarial. Enquanto um grupo que ganha mais detém 40% da verba que é destinada exclusivamente para eles". Rosenwal diz que os trabalhos estão a todo vapor e podem apresentar a proposta a qualquer momento. "Caso não seja aceito, vamos deflagrar uma forte greve, até sermos atendidos".