Cerca de 5,5 mil servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira. Segundo o sindicato, falta de avanço nas negociações do reajuste salarial e progressões, verticais e horizontais, na carreira. A falta destas promoções teria acarretado em perdas superiores a 25%. Um ato público será realizado para marcar o início do movimento.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues dos Santos, ressalta que o movimento grevista foi suspenso no início do mês para garantir a continuidade nas negociações, mas desde então pouco se avançou. “Após a ameaça de greve, recebemos uma proposta que foi recusada por toda a categoria. Encaminhamos, então, uma contraproposta que até o momento não foi respondida. Agora, mesmo que haja um retorno, a categoria decidiu cruzar os braços”.
O sindicalista salienta que um acordo feito na gestão passada fez com que nenhuma greve fosse registrada no ano passado. “Mas para que isso fosse garantido, o tribunal teria que analisar as progressões até 31 de dezembro do ano passado, o que até agora não foi feito”. Estima que pelo menos duas progressões já deveriam ter sido implantadas e uma 3a teria que ocorrer em breve.
Em 2011, os servidores iniciaram greve cobrando uma definição sobre o pagamento de valo- res devidos relativos à Unidade Real de Valor (URV). “Neste sentido, o acordo tem sido cumprido e as ações estão sendo julgadas. O problema está em outros pontos acertados naquela greve que não foram atendidos”.
Outro lado
Por meio da assessoria, o tribunal explica que a contraproposta encaminhada pelo Sinjusmat não tinha um estudo do impacto que os reajustes teriam no orçamento. Para avaliar corretamente o pedido, a presidência enviou cópia do documento a vários departamentos envolvidos para que seja possível analisar os custos. Quando o relatório ficar pronto, a negociação será retomada.