Os servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso não acataram a convocação do presidente do Tribunal de Justiça, José Silvério Gomes, feita terça-feira, para voltar ao trabalho no prazo máximo de 48 horas e permanecem em greve, com 30% do efetivo trabalhando nos fóruns. Ao todo são 5,5 mil funcionários no Estado. A determinação do presidente para os juízes diretores de fóruns, é que apurem os nomes de quem persistir na paralisação para que seja feito o corte de ponto. E também que seja instaurado um processo administrativo disciplinar para apurar o descumprimento.
De acordo com o representante do Sindicato dos Servidores do Judiciário em Sinop (onde há 100 profissionais), Ricardo Barsand, eles não voltarão às atividades e, neste momento cerca de 40 funcionários das comarcas de Sinop, Sorriso e Alta Floresta se uniram aos demais e participam em Cuiabá da passeata que saiu da frente do fórum da capital em direção ao Tribunal de Justiça onde ficarão concentrados. “Vamos permanecer em greve, não vamos receber nossos direitos (que estão sendo cobrados) ”, disse Barsand.
Conforme Só Notícias já informou, o sindicato prevê que mais de 80% dos servidores das comarcas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra e demais cidades aderiram à greve, que completa hoje 11 dias, cobrando implantação do auxílio-alimentação de R$ 500 mensais, o pagamento o passivo da URV – conversão da moeda em plano econômico – que é de 11%, e a exigência da resolução 48 CNJ para que oficial de justiça tenha curso superior. O Tribunal de Justiça buscou apoio do governo estadual para viabilizar cerca de R$ 200 milhões e pagar os servidores sobre a diferença da URV para a moeda atual. Não foi confirmado se os recursos foram disponibilizados.
Esta tarde, em Cuiabá, houve passeata dos servidores na área central, inclusive pela avenida do CPA, indo até em frente ao tribunal.
(Atualizada às 19:11h)