Os 5,5 mil servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso podem paralisar novamente as atividades a partir de segunda-feira (3) porque, até ao momento, não receberam o pagamento do passivo da URV (11,98%) correspondente a licença-prêmio, garantido por decisão do Tribunal de Justiça, bem como as vendas de 10 dias de férias. De acordo com o representante do Sindicato dos Servidores do Judiciário em Sinop, Ricardo Barsand, a “gota d`água para a categoria foi o cancelamento da sessão extraordinária do Tribunal de Justiça que votaria os projetos do auxílio alimentação e da regulamentação da resolução 48 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A greve só não ocorreré se até amanhã os desembargadores votarem e aprovarem os dois projetos”.
A categoria cogita paralisação por tempo indeterminado das atividades na justiça e só voltar ao trabalho quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso fizer o cronograma de pagamento aos servidores. “Não aceitamos mais promessas queremos agora algo concreto, se não tiver não voltaremos as atividades”, disse Barsand, ao Só Notícias. Em Sinop, são 100 servidores, que estarão atendendo apenas intimações de réus presos, mandados para que sejam concedidos leitos de UTI e remédios. Os demais procedimentos não considerados essenciais estarão paralisados.
Conforme Só Notícias já informou, em novembro passado os servidores do Judiciário entraram em greve, que durou cerca de 30 dias. Retornaram às atividades após receberem o aumento salárial de 33% e com o acordo que receberiam os benefícios reivindicados.