Em assembleia geral, esta manhã, os servidores do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) decidiram que podem voltar a parar as atividades, a partir do dia 29, caso o novo presidente da autarquia, o delegado Fausto José de Freitas, não indique ações efetivas e céleres para atender os pedidos da categoria. Uma carta com todas as pautas ainda não atendidas, como concurso público e a mudança de prédio, será entregue ao presidente do Intermat, na segunda-feira (22), pelos representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap).
A presidente do sindicato, Diany Dias, informou que os servidores estão no direito de paralisaram as atividades, uma vez que nada do que foi acordado foi cumprido, principalmente a mudança do prédio que está sem condições dignas de trabalho. Segundo ela, o prazo estipulado pelo próprio governo, na época da greve de 2015, era que a mudança ocorreria até o dia 31 do mês passado. “Não fomos nós que demos este prazo exíguo e sim eles [governo]. Agora, alegam que não houve previsão de orçamento para esta mudança e que ainda vão estudar como fazer todo o processo porque tem que ser aberta licitação para ver qual empresa fará a mudança e todo um cuidado com o arquivo. Isso quer dizer que quando foram para a mesa de negociação não avaliaram tudo isso antes de indicar 31 de janeiro?”.
Todos os entraves para a não mudança imediata foram elencados pela então presidente do Intermat, Luciane Bezerra, em ofício enviado no fim de janeiro ao Sintap. Ainda assim, a entidade decidiu levar à base as considerações para que indicasse qual a melhor atitude a tomar. “Estamos em estado de greve, respaldados pela lei. Portanto, podemos parar a qualquer tempo sem acarretar em ilegalidade”.
Todas as propostas dos servidores a respeito do assunto foram ouvidas e venceu a que ocorre na segunda-feira com a entrega de ofício já cobrando o atendimento do acordo por parte do Intermat respaldada pelo presidente indicado e com prazo de resposta oficial de uma semana.
Caso isso não ocorra a base não terá alternativa que não seja uma nova greve. “São muitos os problemas nesse prédio. Haja vista os inúmeros processos que estão pelo chão e o fato de o Indea ‘ajudar’ o Intermat com a cessão de carros para atender às demandas do Instituto por tamanha falta de estrutura para atendimento. Até hoje o governo não sentou com o sindicato para dizer o que quer para o futuro do Intermat e isso é preocupante”, lembrou o vice-presidente do Sintap, Francisco Aurélio Pereira Borges.
“Estamos cansados de falácias. Se este governo é mesmo legalista e transparente como diz, está na hora de começar a mostrar. Nós vamos agir totalmente dentro da lei com a continuidade da greve se for preciso, mas esperamos que o cumprimento se dê o quanto antes e da forma como foi estipulado anteriormente”, disse a presidente do sindicato.