Os servidores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) retomam, nesta manhã, os trabalhos paralisados desde segunda-feira (8). A confirmação foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado (Sintap). A decisão ocorreu, ontem, após reunião entre presidente do Indea, Jurandir Ribas, e representantes da Secretaria de Estado de Administração (SAD) e Sintap. No encontro, foram apresentados documentos confirmando os pagamentos às empresas fornecedoras de equipamentos e materiais de trabalho. Também foram definidos as oficinas que farão os consertos dos veículos do Indea.
“Trouxeram documentos que deixaram as discussões mais palpáveis, então os servidores e delegados decidiram suspender a paralisação”, informou assessoria do Sintap. De acordo com a entidade, mesmo com as atividades sendo retomadas, o sindicato manterá a cobrança de algumas outras reivindicações, previstas a serem cumpridas a médio e longo prazo.
A paralisação já estava deixando empresários apreensivos. No setor madeireiro, por exemplo, o vice presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer, destacou em entrevista ao Só Notícias, ontem, que as atividades nas madeireiras ainda não tinham sido interrompidas, mas o cenário era preocupante caso a mobilização continuasse.
Já entre os frigoríficos, o diretor do grupo Frialto (que conta com unidades em Sinop, Matupá e Nova Canãa do Norte), Paulo Bellincanta, explicou que ontem apenas a unidade de Sinop abateu, um terço do que é de costume. Já para esta quinta e sexta-feira a previsão era de não ter animais. As três unidades juntas abatem 1,8 mil cabeças de gado por dia.
O Indea é o órgão que faz a classificação da madeira e emite a Guia de Transporte Animal (GTA). Sem estes documentos, o transporte das cargas fica inviabilizado.
Além de ser reclamação dos profissionais do Indea, a falta de estrutura no órgão é alvo de constante crítica por parte do setor produtivo.