Os servidores dos Institutos de Terras (Intermat) e de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) decidiram por unanimidade em assembleia, ontem, entrar em ‘estado de greve’ a partir de hoje. Os trabalhadores afirmam que estão sendo desrespeitados constantemente pela gestão em diversas questões. A principal delas foi a ordem de corte de ponto de dos servidores do Indea.
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), que representa as categorias, afirmou que isso é inadmissível em uma greve geral de 31 carreiras estaduais na qual a entidade sindical não foi notificada sobre uma possível ilegalidade que, ainda assim, conforme informações de mídias, existe em caráter liminar, portanto, não teve o mérito julgado.
Entrar em estado de greve, conforme explica a presidente do Sintap, Diany Dias, significa que, caso as negociações para sanar esses e outros problemas recorrentes nessas autarquias como o Reajuste Geral Anual (RGA); o Retorno da Identificação da Madeira; o presidente do Indea e; o pagamento das diárias no primeiro dia do cumprimento da Ordem de Serviço; as categorias podem deflagrar nova greve a qualquer momento sem que seja necessário cumprir os trâmites de marcar nova assembleia com publicação em edital e cumprir prazos.
Com o estado de greve os servidores vão fazer a chamada operação padrão que é cumprir apenas o que é possível com a atual estrutura ofertada pelo Estado. Assim, se não há diárias depositadas nas contas os servidores não vão viajar gastando do próprio bolso, até porque tiveram prejuízo este mês com o corte inconsequente do ponto. Também se os carros para viajar estiverem com documentos vencidos, como é o caso atual, os servidores não viajarão mais arriscando suas vidas para satisfazer quem corta o ponto indiscriminadamente e também não vão mais usar a internet particular para agilizar os trabalhos do Indea.