Os servidores dos Institutos de Terras (Intermat) e de Defesa Agropecuária (Indea) decidiram entrar em ‘estado de greve’ a partir do dia 1º de junho. Segundo explicações da presidente do Sindicado dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, estes servidores podem entrar em greve a qualquer momento caso a negociação pelo pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) não avance nos próximos dias.
‘Estado de greve’ é quando há comunicação ao governo do Estado de que estes segmentos podem entrar em greve a qualquer momento sem a necessidade de nova convocação de assembleia da categoria por edital e prazo. Assim, desde a data da assembleia, na última quarta-feira, 98% dos servidores do Indea e Intermat que são filiados ao Sintap, representando um total de 950 servidores sendo 56 do Intermat, ficarão em alerta para serem chamados pelo sindicato a qualquer momento para fazer a greve acontecer em todos os 141 municípios onde atuam.
Caso ocorra a greve, a presidente afirma que será cumprida a lei com a paralisação de 70% dos servidores desses segmentos e mantendo os 30% de serviços essenciais. “Vão ficar trabalhando principalmente os 30% nos postos fiscais e nas barreiras fitossanitárias para continuarmos mantendo a fiscalização sanitária do estado de Mato Grosso”.
“Acredito que o governo virá falar conosco (servidores), pois ele não fechou as portas da negociação. Também não vamos entrar em greve imediatamente. Vamos estudar as possibilidades e estudar semana a semana a arrecadação, como indicou o governador e, vendo a proposta mais cabível para a base aceitar, faremos o desenvolvimento acontecer dentro do Estado com a garantia da implantação da RGA na folha do servidor”.
Com relação a acompanhar uma greve geral caso seja deflagrada pelo Fórum Sindical, entidade da qual o Sintap faz parte, a presidente afirma que o momento é de cautela. “Enquanto o governo não disser com todas as letras que a resposta é ‘não’ e estiver negociando e mostrando os números, conforme foi feito na última prestação de contas apresentada a todos, não teremos motivos para greve porque a porta de negociação não foi definitivamente fechada. Na hora que der realmente o ‘não’ aí poderemos engrossar as fileiras, pegar as bandeiras e estar à frente da greve fechando as unidades e fazendo com que o Estado de Mato Grosso conheça a força do Indea e Intermat e em como nós movimentamos a arrecadação do estado”.