Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) cruzaram os braços, hoje, em adesão à paralisação nacional contra o projeto de lei da terceirização e também contra o parcelamento da recomposição inflacionária de 6,22%, anunciada pelo governador Pedro Taques.
De acordo com nota do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT), os servidores ficarão nas guaritas do Detran, até às 9h, quando seguem para a praça Ipiranga, no centro da capital, para participarem do protesto nacional com outras lideranças. A paralisação é de 24 horas e na segunda-feira (1º) o expediente será normal tanto na sede quando nas agências VIPs e Ciretrans.
Conforme Só Notícias já informou, os servidores do Detran decidiram, esta semana, em assembleia geral, que não aceitam a proposta de 3,11% da reposição do INPC para maio e os outros 3,11% para novembro. O sindicato reclama que aceitar o parcelamento da recomposição fere a Constituição Federal e a Constituição do Estado, que prevê a reposição anual em parcela única.
“Sabemos que há arrecadação suficiente, aliás de R$ 1,5 milhão por dia. O impacto mensal para recompor integralmente as perdas inflacionárias do servidores do Detran será de apenas R$ 300 mil. Isso sem contar que o Detran aumentou em 14% todas as suas taxas no mês passado e tem contido gastos até nos materiais de consumo e expediente mais básicos. Os servidores sofrem impacto de todas essas medidas diariamente. O sindicato luta há anos para que o Detran tenha garantida a sua autonomia financeira prevista em lei, já que é uma autarquia. Até o café e o açúcar o Detran doou para a Secretaria de Segurança. E a nossa entidade está a míngua, sem estrutura, sem material. Nossa categoria tem se empenhado em busca de melhorias para oferecer um atendimento mais técnico, eficiente e de qualidade para a população e não pode ser penalizada em um direito tão básico. Não temos aumento salarial, reivindicamos nosso direito à recomposição da inflação”, afirmou a presidente do sindicato da categoria, Daiane Renner.