Servidores públicos ameaçam entrar em greve se a prefeitura não atender as reivindicações da categoria. Eles alegam falta de diálogo com o prefeito Percival Muniz (PPS) e afirmam que são ignorados pela atual administração. As reclamações giram em torno dos atrasos na folha de pagamento e também o não recebimento do repasse da inflação, que deveria ser pago na folha de janeiro, conforme a Lei Orgânica do Município.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur) se reuniu, em assembleia geral, ontem. Parte dos efetivos queriam que fosse decretada a greve de imediato. Porém, ponderando que setores como Educação e Saúde são considerados essenciais e podem afetar diretamente a população, o grupo optou por fazer um calendário de paralisação. Segundo o presidente do sindicato, Rubens Paulo, a partir de março, a categoria começará uma séria de manifestações. A primeira será no dia 13, que começará na praça Brasil e seguirá até a prefeitura.
Outra questão polêmica é em relação ao inchaço da máquina. Segundo Rubens, a prefeitura foi a público divulgar que o inchaço se deve a folha de pagamento dos efetivos da Casa. Ele disparou que hoje, segundo um levantamento feito pelo sindicato, existe uma média de seis mil funcionários.
“Hoje o município está com gasto extra de R$ 4 milhões ao mês, somente em despesas com funcionários. Mas esses valores são resultados do número excessivo de contratados nesta atual gestão. Ele (prefeito) fala que a culpa é a folha de pagamento do efetivo, quando na verdade ele fez inúmeras contratações desnecessárias, aumento em seis mil o número de funcionários, sendo que a prefeitura, nas gestões anteriores funcionava com uma média de quatro mil, ou seja, há dois mil funcionários a mais”.
Os profissionais da educação pública ameaçam também aderir à greve nacional, nos dias 17, 18 e 19, caso não consigam uma audiência com o prefeito. A greve exige o cumprimento do piso nacional, que em 2014, terá o reajuste de 8,32%.
“O prefeito tem ignorado os servidores. Ele não nos atende e nem se quer respondeu ao último oficio encaminhado ao seu gabinete, ignorando completamente o papel do Sispmur. Se ele nos recebesse e nos desse uma solução, nós não implantaríamos greve. Além do mais, os professores estão pedindo o que é direito deles por Lei, que é o cumprimento do piso nacional”, destacou.
A reportagem entrou em contato com o prefeito Percival Muniz, porém, o telefone se encontrava desligado. Contato também foi tentado com a Secretaria de Governo, mas não houve resposta.