Servidores técnico-administrativos do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), em Cuiabá, entrarão em greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira (4). Eles exigem a redução da jornada de 40 para 30 horas semanais. Por causa do excesso de horas trabalhadas, afirmam que funcionários estão desgastados e pedindo afastamento médico por sobrecarga.
A situação no HUJM se arrasta desde o final do ano passado, após o Ministério do Planejamento cortar os plantões nos hospitais universitários de todo o país. O HUJM, que deve seu atendimento em grande parte aos plantões, foi um dos que mais sentiu.
No auge da crise, por intermédio do Ministério Público Federal (MPF), foi criada uma comissão para tentar sanar a falta de profissionais sem afetar o atendimento aos pacientes. Dessa comissão, foi definido que voltaria para 30 horas semanais, com redução da carga horária nos finais de semana. De acordo com a coordenadora geral Ana Bernardete Nascimento, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-UFMT), a quantidade de procedimentos e intervenções cirúrgicas nos finais de semana são bem menores. Também do Sintuf, Ricardo Lisita afirmou que desde ontem não há refeições para funcionários do HUJM (incluindo médicos e acadêmicos) porque falta de pessoal no refeitório. Apenas os pacientes receberão alimentação.
Outro lado – O vice-reitor da UFMT, Francisco Souto, disse que, em conversa com a Superintendência do HUJM, ficou para até hoje (1) a definição para a aceitação ou não da proposta da comissão.