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Servidores da saúde encerra greve; investigadores permanecem

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Após avaliarem os prós e contras depois de um mês de greve, os servidores estaduais da saúde, que estavam de braços cruzados desde 31 de maio, pelo Reajuste Geral Anual (RGA) de 11,28%, decidiram voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (4). Foram 216 votos a 143, pelo fim da greve. A assembleia geral foi realizada, esta tarde.

Os servidores que atuam nos municípios mato-grossenses também fizeram assembleias deliberativas. Os votos do interior ainda serão contabilizados neste sábado, mas a tendência é que acompanhe a decisão da capital, é o que afirmou o diretor do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma-MT), Marcio Rios. “Diante das várias ações judiciais propostas pelo Governo, resolvemos encerrar a greve”.

Ele avalia que a manutenção do movimento, mediante a judicialização da greve, tem um custo alto para os grevistas, porque implica em possíveis multas e outras custas judiciais.

Além disso, a categoria já conseguiu 7,36% de RGA, confirmados pelo projeto de lei encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) e aprovado nesta quarta-feira (29) pela maioria dos parlamentares.

Rios afirma, no entanto, que este valor não contempla os servidores, que vão continuar reivindicando, de outras formas, a reposição inflacionária integral.

O Sisma, que integra o Fórum Sindical, associa 4.200 servidores em todo o Estado. Durante a greve, eles mantiveram 30% dos serviços prestados, de acordo com o sindicato da classe, por serem de uma categoria que presta serviços essenciais.

Na Assembleia Geral, os servidores decidiram sair da greve mas vão se manter em assembleia geral permanente. “No caso de alguma eventualidade, estamos respaldados a retornar à greve”, explica o diretor Marcio Rios.

Já os investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso decidiram, por unanimidade de votos, pela continuidade da greve da categoria em assembleia geral nesta sexta-feira (1).

Os policiais civis tomaram esta decisão com o apoio maciço de votos dos representantes da capital e das subsedes do interior, depois de ouvirem uma exposição de motivos do presidente do Siagespoc, Cledison Gonçalves.

O presidente do sindicato explicou que a questão da RGA foi esvaziada no momento em que a Assembleia Legislativa aprovou o projeto apresentado pelo Governo. “Aquela era uma batalha política, que será mantida, porém agora no âmbito do Judiciário, que é o foro adequado para continuarmos reivindicando os nossos direitos”.

O sindicalista disse entender que o governo deve ouvir a categoria que ele representa sobre outros temas. “A partir desse momento nós faremos contato com o secretário da Secretaria de Gestão e com outros representantes do governo do Estado para buscarmos entendimentos a respeito de outros assuntos que consideramos essenciais à categoria”.

Ele acrescentou que os líderes de vários sindicatos integrantes do Fórum Sindical foram ouvidos por representantes do Governo, mas o Siagespoc não teve igual atenção. “A partir do momento em que o Governo nos ouvir e se posicionar frente às nossas proposições, aí então nós poderemos encerrar o movimento”.

O reconhecimento da categoria como carreira de nível superior e outras questões como a nomenclatura da categoria e a exigência do curso de Direito para ingresso na carreira de policial civil são alguns pontos sobre os quais Cledison Gonçalves quer conversar com os representantes do Governo.

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