Os servidores da Justiça Eleitoral (22ª e 32ª zonas eleitorais de Sinop), do Trabalho (Vara do Trabalho de Sinop) e Federal (subseção judiciária do município) aderiram a greve que iniciou no dia 10 deste mês. Estes três órgãos estão funcionando com apenas 30% de seus servidores e, com isso, o andamento de processos e atendimento da população torna-se mais lento.
"Estamos atendendo casos emergenciais e urgentes, açõs prioritárias como habeas corpus, mandados de segurança, audiência designadas. Na Justiça do Trabalho (onde tramitam centenas de ações de funcionários contra empresas) várias audiências foram remarcadas", explicou, ao Só Notícias, Valdinei Rondon Gomes, porta voz dos servidores sinopenses.
Estão mantidos os serviços essenciais como o protocolo, o trâmite dos processos como mandado de segurança e habeas corpus e, na Justiça Eleitoral, são atendidos somente os eleitores que estejam em casos de urgência de perecimento de direito, como aqueles que precisam regularizar CPF, emissão ou regularização de passaporte. "Não queremos aumento real. Queremos recomposição das perdas inflacionários porque nosso salário está cerca de 50% defasado", esclareceu porta voz.
Além de Sinop, servidores destes três órgãos em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Diamantino, Jaciara, Colíder, Guarantã do Norte, Juína e outras cidades também cruzaram os braços.
De acordo com a pauta de reivindicação dos servidores, o movimento é pela defesa da reposição das perdas inflacionárias de janeiro de 2007 a abril de 2015, tendo em vista que a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) neste período foi de 64,55%, No entanto, segundo o sindicato da categoria, os servidores tiveram apenas um único reajuste em nove anos, sendo este de 15,80%, equivalente a dois anos de inflação. “Em sete anos, tivemos uma perda inflacionária de 48,75%”, aponta um documento do sindicato.
A discussão sobre o reajuste para esta categoria está no Projeto de Lei Complementar 28/15, que contempla a reposição de 56% para os servidores do judiciário federal. O texto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e estava na pauta do Senado, do dia 10, mas acabou adiado para o dia 30 deste mês.
(Atualizada às 10h28)