Profissionais da educação aprovaram hoje a deflagração de uma greve por tempo indeterminado na rede municipal de Lucas do Rio Verde. Eles cobram ganhos reais de 5,4% e não apenas o reajuste de inflação, já proposto pelo Poder Executivo e aprovado pela câmara de vereadores. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) também encaminhou ofício com outras 12 reivindicações.
Nesta segunda-feira, os trabalhadores fizeram uma paralisação e ocuparam o plenário da câmara, durante sessão ordinária. Em seguida, foram até o Paço Municipal, onde realizaram uma manifestação. No final da tarde, uma nova assembleia foi realizada e foi decidido pela deflagração de greve por tempo indeterminado.
Os profissionais deverão seguir trabalhando normalmente pelas próximas 72 horas, que é o prazo para notificação do Poder Executivo. Em seguida, terá início a paralisação, que deve afetar cerca de 14 mil alunos matriculados na rede municipal.
Em nota divulgada no final da tarde, a prefeitura de Lucas afirmou que , a exemplo do Governo do Estado de Mato Grosso, a Revisão Geral Anual para todos os servidores públicos municipais será de 4,83% e que a medida leva em consideração o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) dos últimos 12 meses, além de respeitar a capacidade financeira do Município.
“Além da recomposição, os servidores terão 12% de aumento no auxílio-alimentação, passando dos atuais R$ 562,50 para R$ 630. Tanto o RGA quanto o auxílio-alimentação já foram aprovados pela Câmara de Vereadores e sancionados pelo Município. Todas as pautas apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) ao prefeito em exercício Joci Piccini, durante a paralisação nesta segunda-feira, foram devidamente respondidas em ofício”, afirmou a prefeitura.
“A Administração Municipal reitera que mantém diálogo aberto com todos os profissionais da Educação. Com o Sintep, a conversa acontece por meio de ofício, os quais todos, até hoje, foram respondidos e esclarecidos”, conclui a nota.