Ivone Alves de Almeida, de 67 anos, morreu após uma lipoaspiração realizada no Hospital Militar pelo programa Plástica Pra Todos. Ela realizou o procedimento na segunda-feira (19), mas teve complicações que se agravaram rapidamente e acabou falecendo ontem. Ela era servidora pública aposentada.
De acordo com a própria empresa, a causa da morte foi embolia pulmonar decorrente do deslocamento de um coágulo preexistente no pulmão, que afetou todo o organismo.
Ivone é a 2ª pessoa a falecer ao fazer um procedimento pela Plástica Pra Todos. Em maio deste ano, Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, morreu depois de fazer uma cirurgia de redução de seios e lipoescultura.
Em julho, a Sociedade Mato-grossense de Anestesia (Soma) denunciou ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Ministério Público Estadual (MPE) mais dois casos de pacientes que sofreram complicações ao passarem por procedimentos cirúrgicos. Na ocasião, a empresa foi interditada.
Em outubro deste ano, no entanto, o CRM optou por desinterditar os serviços da empresa mediante seu registro no conselho.
Por meio de nota, a Plástica Pra Todos afirmou que todos os protocolos prévios e pós-cirúrgicos foram atendidos com extremo rigor e que a paciente estava liberada para realização da cirurgia por médicos especialistas. O Hospital Militar, por outro lado, afirmou que deve aguardar a conclusão do inquérito para se pronunciar sobre o assunto.
A morte deve ser investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso, informou por meio de nota, que foi instaurada sindicância para apuração dos fatos, de acordo com as normas do código de processo ético profissional.