A secretaria de Estado de Meio Ambiente realizou a soltura de aproximadamente 40 animais, entre os meses de março e abril, que foram resgatados, apreendidos em operações de fiscalização ou entregues voluntariamente. Entre as espécies estão onça pintada, tamanduá bandeira, tamanduá mirim, anta brasileira, veado catingueiro, aracuã-do-pantanal, cateto, jiboia, cágado-de-barbicha, passeriforme, jabuti-piranga, gavião carcará, coruja caburé, corujinha do mato, maracanã-de-cara-amarela, maritaca-da-cabeça-azul, jandaia-coquinho, gralha-do-campo, marreca-cabocla, arara piranga, arara vermelha, tucano toco.
A ação de soltura ocorreu de três formas, por meio de soltura branda, aquela em que o animal continua sendo monitorado por um tempo, por destinação a empreendimentos credenciados ou por soltura imediata. Os locais escolhidos para a soltura branda e imediata foram regiões da baixada cuiabana. Algumas espécies foram destinadas a um criadouro em Teixeira Soares, no Paraná, e ao Instituto Onça Pintada, em Mineiros, Goiás.
Um destes animais é um filhote de onça resgatado pela Sema em fevereiro no assentamento Rural Ariranha, no município de Santo Afonso (280 km de Cuiabá). Ele foi destinado ao Instituto Onça Pintada, em Mineiros. O animal chegou a Cuiabá muito debilitado e foi internado no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá (Unic) onde realizou exames e passou por tratamento.
O trabalho foi realizado em conjunto com o Batalhão Ambiental, hospitais veterinários da UFMT e de uma universidade particular, além das instituições parceiras.
O coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Christiano Justino, destacou o trabalho na gestão de Fauna no Estado. “Hoje diminuímos muito nosso passivo e estamos conseguindo trabalhar a gestão de fauna com mais empenho. Os animais estão sendo bem encaminhados e destinados graças ao empenho de todos da Sema, no Batalhão e de instituições parceiras. Nossa meta é devolver o mais rápido possível a natureza”, ressaltou, por meio da assessoria.
A analista ambiental Danny Moraes, que acompanhou a soltura de grande parte dos bichos, destaca o engajamento cada vez maior na destinação assertiva e célere dos animais silvestres. “Com o aumento na demanda tal conduta se faz cada vez mais necessária para permitir uma qualidade de vida aos animais destinados, seja para assistência em local específico, no caso dos empreendimentos, seja para revigoramento genético da fauna em vida livre, no caso dos animais soltos”.
Contudo, pondera a analista ambiental, mesmo com todo o trabalho e esforços da Sema e dos órgãos parceiros ainda há carências no Estado para assistência adequada a esses animais. “Para sanar tais carências o Estado de Mato Grosso vêm trabalhando para a implementação dos Centros de Triagens e Reabilitação de Animais Silvestres. Quando este for definitivamente implementado, então teremos o amparo digno à nossa vida selvagem”, finalizou.