A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) executa atualmente 32 projetos, a maioria com recursos do governo federal, em um valor de R$ 51,1 milhões. Com o objetivo de discutir as dificuldades, promover interação e traçar novos métodos de trabalho, o órgão ambiental reuniu todos os gestores para o 4º Encontro de Gerentes de Projetos.
De acordo com a coordenadora da Unidade de Programas e Projetos Estratégicos da Sema, Rita Volpato, esse volume de projetos exige muita sagacidade, eficácia e controle dos responsáveis para executá-los com prudência. “Para alcançar a meta, os gerentes devem caminhar todos a partir da mesma visão. E esse encontro possibilita isso”.
Para promover a interação entre a equipe composta por 30 pessoas, Rita propôs uma dinâmica com o vídeo ‘Rosalinda e o Piano’, baseado em um livro do doutor em Engenharia de Produção, Alonso Manzini Soler. No vídeo, o chefe de Rosalinda pede para que ela desloque um piano do 3° subsolo para o 18°andar do prédio onde eles trabalham. Para isso, ele a orienta a fazer um plano de trabalho com várias etapas, levando em consideração a estrutura do objeto e do prédio, o tempo, o número de pessoas envolvidas e o custo.
A equipe da Sema foi dividida em cinco grupos e utilizando uma ferramenta de gerenciamento estratégica conhecida como “Business Model Canvas”, os participantes apresentaram os caminhos escolhidos para deslocar o piano. “Esse é um exercício que avalia a união da equipe, a concentração e a agilidade. Nele podemos analisar as boas práticas do personagem, subsidiar a reflexão dos gerentes de projetos sobre seu trabalho e reconhecer as competências dele”.
Em seguida, foram debatidas as características que um gerente de projeto deve ter: ele deve possuir o espírito de liderança, disciplina, persistência, paciência, responsabilidade, compromisso, autocontrole, negociação, ética, entre outros. Segundo Rita, o dever de um gerente de projeto é atingir os resultados esperados e atender às expectativas das partes interessadas, dentro do escopo, do tempo e dos custos previstos. “Ele precisa perder o medo, tirar o projeto da cabeça, dar vida ao trabalho e fazê-lo acontecer”.
Para o gerente do projeto para Formação de Agentes Populares do Programa Educação Ambiental na Agricultura Familiar (Peaaf), Willian Rocha, esse tipo de encontro é importante para oxigenar as ideias. “Algumas vezes ficamos tensos durante a estruturação do trabalho e, ao socializar as dificuldades com outros gerentes, isso faz com que eu me sinta melhor, mais seguro e confiante. Juntos encontramos outros caminhos para percorrer”.
Dentre os 32 projetos em execução na secretaria estão o Pró-Catador, que tem o apoio financeiro do Ministério do Trabalho e Emprego; o Pacto Nacional pela Gestão das Águas, apoiado pela Agência Nacional das Águas (Ana); Plano Estadual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Planos Metropolitano de Resíduos, Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos, que se subdivide em mais setes projetos atendendo os consórcios do Vale do Guaporé, da Amazônia, do Complexo Nascentes do Pantanal, do Médio Araguaia (Codema), do Alto Teles Pires (Cidesa), do Alto do Rio Paraguai e do Vale do Juruena, que recebem recursos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Peaaf e o Mato Grosso sustentável, que integra mais 17 projetos, também é financiado pelo MMA.