A Unidade Regional de Barra do Garças apreendeu neste final de semana 800 kg de pescado no rio Kuluene, pertencente a Bacia do Xingu. A operação realizada com o apoio da Polícia Militar de Água Boa, foi desencadeada na sexta-feira, após denúncia anônima. Os peixes – matrinchã, cachara, barbado e outras espécies – foram doados a entidades filantrópicas de Água Boa e Barra do Garças.
Segundo o diretor da unidade regional da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Cleber Fabiano Ferreira, de 16 de julho até o último domingo (24/08), já foram apreendidos 2.537 kg de pescado irregular, nos rios da região.
Na última operação de fiscalização cinco técnicos da Sema e quatro policiais militares percorreram trechos do rio Kuluene e localizaram o pescado nas margens da barragem da PCH – Pequena Central Hidroelétrica – Paranatinga 2. Além de estarem fora da medida, os pescadores não possuíam documentação e estavam utilizando material para pesca depredatória. Dois dos pescadores possuíam carteira profissional de pescador.
Cleber Ferreira explicou que nessa época do ano os peixes estão subindo o rio para a piracema (que acontece em novembro) e, quando chegam na barragem não conseguem passar. “Os próprios técnicos da barragem estão denunciando a prática depredatória em função do grande número de pescadores profissionais, amadores e turistas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás que estão indo para a região”, falou o diretor regional.
Para coibir essa prática depredatória, a unidade regional está intensificando a fiscalização nas bacias do Xingu e do Araguaia. “Vamos intensificar ainda mais as operações de fiscalização, importantes nesse período já que de junho a setembro aumenta a presença de turistas, principalmente de outros Estados, nos rios da região”,
Na região os rios mais freqüentados são o Araguaia, rio das Mortes, Garças, Sete de Setembro e Fontoura. O diretor lembra que a pesca é uma atividade turístico-esportiva e deve ser praticada com responsabilidade. “Os pescadores devem estar cadastrados junto à Sema, estarem com seus documentos regularizados, respeitar as exigências legais como não usar apetrechos predatórios, pescar e transportar somente a cota permitida e não capturar peixes abaixo da medida mínima exigida”.