Os agentes da secretaria de Estado de Meio Ambiente aplicaram R$ 44,9 milhões em multas por desmatamento ilegal, descumprimento de embargo, uso irregular do fogo, e extração ilegal de madeira, em mais uma etapa da operação Amazônia contra crimes ambientais. A ação foi realizada em parceria com o Grupo de Operação Especiais e a Polícia Civil. Foram fiscalizadas 13 áreas em seis dias, entre 27 de outubro e 2 deste mês, nas cidades de Querência, Araguaiana, e Bom Jesus do Araguaia. Foi identificado o uso do “correntão” no desmatamento ilegal.
Durante a operação, foram apreendidas 10 máquinas, sendo três tratores pneu, dois tratores esteira, e cinco implementos agrícolas. A apreensão de máquinas usadas no desmatamento ilegal serve para parar o dano ambiental imediatamente e coibir a ação criminosa.
As infrações foram identificadas por meio do monitoramento por satélites Planet, que mostra em tempo real a mudança de vegetação em todo o território de Mato Grosso. Com isso, a ação das equipes em campo é precisa, direto onde está ocorrendo o desmatamento ilegal.
Em Bom Jesus do Araguaia, uma fazenda recebeu a maior multa, de R$40 milhões, por desmate de uma área de 200 hectares de preservação permanente, e pelo uso irregular do fogo em 8 mil hectares, além de extração irregular de madeira sem licença em 200 hectares. Foi apreendido em flagrante um trator esteira, um trator pneu, um implemento agrícola, e 108 cabeças de gado.
Uma fazenda foi multada na região de Araguaiana por desmate de 560 hectares fora de reserva legal, no Bioma Cerrado, e execução de atividade sem licença. A multa aplicada foi de R $700 mil, com a apreensão de dois tratores pneu e um implemento agrícola.
Três propriedades na cidade de Querência foram multadas em R $1 milhão pelo uso irregular do fogo em 125 hectares. Foram apreendidos um trator esteira e três implementos.
Em nove propriedades de Querência a multa soma R$ 3,2 milhões por desmate de área de especial preservação, uso irregular do fogo em área de preservação permanente, descumprimento de embargo – promoveu atividade em uma área na qual já foi identificada ação ilegal anteriormente e estava proibida para uso – e extração ilegal de madeira.
O Estado aplica multas, embarga áreas e apreende equipamentos e maquinários utilizados na ação criminosa, descapitalizando os infratores para evitar a reincidência. Atualmente, em parceria com o Ministério Público do Estado e Ministério Público Federal, quem desmata ilegalmente responde também nas esferas criminal e civil, além de processo administrativo.
Integram a iniciativa as secretarias de Estado de Meio Ambiente, de Segurança Pública, o Exército Brasileiro, Polícia Militar, Polícia Civil, Centro Integrado de Operações Aéreas, Corpo de Bombeiros, Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Ministério Público de Mato Grosso , Ministério Público Federal e Ibama.